Pelo menos dois países anunciaram, nesta quinta-feira (6), investimentos bilionários no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forests Forever Facility – TFFF, em inglês). O fundo foi lançado e proposto pelo Brasil também nesta quinta-feira (6) e com o objetivo de financiar florestas tropicais, principalmente em relação à preservação não só pelos países que abrigam essas florestas, mas em todo o mundo. Com informações do g1.

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A Noruega, um dos principais financiadores de políticas ambientais internacionais, anunciou, na Cúpula de Líderes, antes da abertura da COP30, um investimento de 3 bilhões de dólares. A Indonésia também investirá 1 bilhão de dólares, de acordo com o repórter Vladimir Netto, da TV Globo.

Já países como Portugal e Holanda também investirão no fundo, mas com valores menores com o objetivo de permitir a operação do TFFF. Portugal, por exemplo, investirá 1 milhão de euros. A Alemanha também já afirmou que contribuirá, mas ainda não definiu um valor. Antes das contribuições, o Brasil já tinha 1 bilhão de dólares em aporte.

Entenda como funciona o fundo

O fundo, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, quer captar, ao todo, 125 bilhões em investimentos, entre privados e públicos, para injetar em outros projetos para conservação. Dessa forma, os recursos seriam aplicados em títulos e investimentos de baixo risco.

A diferença entre o que é pago aos investidores e o que é obtido nessas aplicações será destinado para países que preservam as florestas tropicais proporcionalmente à área conservada.

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O fundo foi criado com a justificativa de que, na prática, manter as florestas de pé não gera retorno financeiro para os países responsáveis por essas áreas. Dessa forma, o fundo quer se basear em dados de monitoramento por satélite para medir o grau de conservação das florestas tropicais em cada país. Para receber os recursos, cada país precisará comprovar que o desmatamento ficou abaixo de 0,5% ao ano.

Com isso, o país receberia um valor anual baseado em cada hectare de floresta preservado, com o valor sendo diminuído se houver desmatamento.

Dos 125 bilhões de dólares, 25 bilhões de dólares seriam de países parceiros — com o objetivo de chegar a 74 parcerias — enquanto 100 bilhões seriam de investimentos privados. Pelo menos 20% dos pagamentos recebidos por cada país seria, também, destinados para povos indígenas e comunidades locais.