Sete criminosos condenados por homicídio, tráfico de drogas e de armas e formação de quadrilha, além de outros crimes, começaram a ser transferidos do Bangu 1, no Complexo de Gerencinó, no Rio de Janeiro, para presídios federais pelo Brasil nesta quarta-feira (12). Juntos, os criminosos, identificados como chefes do tráfico de uma organização criminosa, têm penas que somam quase 500 anos de prisão.

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Eles foram levados escoltados pelo Grupamento de Intervenção Tática (GIT), com mais de 40 policiais mobilizados, para o Galeão, na Ilha do Governador. Um a um, os presos foram embarcando na aeronave, que tem como destino o presídio federal de Catanduvas, no Paraná.

Depois, eles vão ser levados para os presídios federais de Mossoró, Brasília, Campo Grande e Porto Velho. Ainda não se sabe quando isso deve acontecer. Toda a operação foi autorizada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, como uma resposta aos ataques de retaliação à megaoperação nos Complexos do Alemão e Penha, que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais.

Segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais, agora, o Rio de Janeiro tem 66 custodiados de alta periculosidade, o maior número de presos em presídios federais. Conforme explicou o governo do Rio de Janeiro, a transferência é uma estratégia para enfraquecer os líderes e outros integrantes do grupo criminoso.

Como são os presídios federais

Cada detento terá uma cela individual. Os sete presos nesta quarta-feira vão ficar pelo menos 50 dias isolados, sem receber visitas ou ter contato com outros presos. Os parentes, neste período, podem requerer um pedido de visita, mas a solicitação precisará ser analisada.

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Além disso, eles só vão poder tomar banho de sol e espaços individuais. Cada detento permanecerá 22 horas por dia em isolamento, com direito a duas horas de banho de sol, sempre sob vigilância. Não há a possibilidade de parentes entregarem alimentos, com todos os itens de higiene e vestuários sendo fornecidos pelas unidades.

Todas as vezes que deixarem a cela, os presos também serão revistados, além dos próprios dormitórios. Cada um terá direito a seis refeições por dia, além de atendimento médico, odontológico, farmacêutico, e psicológico, quando for necessário.

Megaoperação no RJ

*Com informações do g1 e do O Globo