A empresa responsável pelo balão que caiu em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, oferecia passeios de 45 minutos por R$ 550 por passageiro. O balão tinha um cesto de seis metros de largura, com capacidade para transportar até 24 pessoas. As informações são do g1.
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O acidente ocorreu na manhã de sábado (21), quatro minutos após o balão levantar voo. Ao todo, 21 pessoas estavam no balão, oito morreram e 13 sobreviveram, incluindo o piloto.
Segundo a empresa Sobrevoar, o balão era o maior da cidade e chegou a ser atração em uma feira de balonismo. O passeio poderia chegar a até mil metros de altura
De acordo com a empresa, o passeio começava às 5h30min, quando os participantes chegavam ao hangar e recebiam instruções sobre o voo. No local, também era servido um café da manhã. Depois, os passageiros eram levados por um transfer até o ponto de decolagem.
O pacote incluía ainda fotos do balão e um brinde final. Após a decolagem, um carro da Sobrevoar também pegava os passageiros e levava de volta ao hangar.
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Empresa encerra atividades
Em nota publicada no sábado, a Sobrevoar lamentou o acidente e informou que todas as operações foram encerradas por tempo indeterminado. A empresa também disse que cumpria todas as regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e que está prestando apoio aos familiares das vítimas.
Veja a nota da Sobrevoar
Quem são as vítimas
Entenda o acidente
O piloto, que sobreviveu, informou à Polícia Civil que o fogo teria começado no cesto, vindo de um maçarico usado no balão de ar quente. Ele disse que tentou controlar o incêndio, mas o extintor não funcionou. Como o balão ainda estava próximo ao solo, o piloto teria orientado que as pessoas pulassem ali mesmo.
Dos passageiros, 13 conseguiram saltar. No entanto, com a diminuição do peso no cesto e o ar quente causado pelas chamas, o balão começou a subir novamente, conforme relato do piloto. Vídeos feitos por pessoas que passaram pelo local registraram o momento em que cesto está em chamas, no ar, e poucos segundos depois se solta e despenca no chão. De acordo com os bombeiros, quatro pessoas morreram carbonizadas dentro do cesto e outras quatro morreram na queda.
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A investigação foi iniciada logo depois do acidente. Além do piloto, a Polícia Civil já ouviu cinco sobreviventes. Imagens ainda estão sendo colhidas e documentos indicaram que a empresa tinha autorização para a prática.
A Polícia Civil deve responder se houve negligência, imprudência, imperícia ou dolo para assumir o resultado. A depender das análises, piloto e proprietário da empresa responsável pelo voo podem ser indiciados por homicídio doloso ou culposo, informaram os investigadores no sábado, em entrevista coletiva.
Em nota, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (Fab), informou que investigadores se deslocaram da base aérea de Canoas (RS) até o local do acidente para levantar informações iniciais sobre a queda do balão.
“A conclusão dessa investigação ocorrerá no menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes. Quando concluído, o Relatório Final será publicado no site do Cenipa, acessível a toda a sociedade”, disse o Cenipa.
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A empresa responsável pelo passeio, Sobrevoar, informou que todas as operações foram encerradas por tempo indeterminado, em nota divulgada no sábado. A companhia também disse que cumpria todas as regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e que está prestando apoio aos familiares das vítimas.
As vítimas estão sendo veladas a partir deste domingo (22). Seis vítimas eram moradoras de diferentes regiões de Santa Catarina, e um casal era do Rio Grande do Sul.
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