Os 133 cardeais da Igreja Católica que votarão no conclave para eleger o sucessor do papa Francisco a partir desta quarta-feira (7) já possuem um “perfil” esperado para o novo pontífice. Nesta terça-feira (5), eles se reuniram e, segundo o Vaticano, defenderam que as reformas iniciadas por Francisco sejam continuadas no próximo papado.

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Entre as reformas capitaneadas por Francisco e citadas pelos cardeais estão o combate aos abusos, a transparência em relação à economia, a reorganização da Cúria — um órgão que administra uma diocese e auxilia o bispo na gestão da igreja, a sinodalidade que envolve a união dos membros da Igreja Católica, o compromisso com a paz e o cuidado da criação (encíclicas Fratelli tutti e Laudato si).

Na segunda-feira (5), os cardeais já haviam citado que o novo papa deve ser próximo, presente, e um “guia para fiéis”.

“Surgiu o perfil de um papa que foi pastor, mestre de humanidade, capaz de encarnar o rosto de uma Igreja samaritana, próxima das necessidades e das feridas da humanidade. Em tempos marcados por guerra, violência e fortes polarizações, há uma forte necessidade de um guia espiritual que ofereça misericórdia, sinodalidade e esperança”, afirmou o Vaticano.

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De acordo com o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, os cardeais indicaram em seus discursos quais são as missões e as prioridades para a Igreja e para o mundo de hoje que eles acreditam que o futuro papa precisa ter:

  • “Um Papa que pode ser Pontífice, isto é, construtor de pontes, e pastor, mestre de humanidade e rosto de uma Igreja samaritana”;
  • “Um Papa que em tempos de guerra, violência e profunda polarização é sinal de misericórdia, sinodalidade e esperança”;
  • “A responsabilidade da Igreja nessas áreas é sentida de forma profunda e compartilhada. Um tema central da reflexão foi o da comunhão, indicada como vocação essencial para o novo Pontífice”, diz a Santa Sé.

Expectativa para o conclave

Nesta quarta (7), começa o conclave. A expectativa é que o resultado seja divulgado até sexta-feira (9), já que os últimos 10 conclaves duraram, em média, 3,2 dias. O papa Francisco, por exemplo, escolhido em 2012, teve o conclave concluído em dois dias.

Conclave: qual foi o mais longo e o mais curto da história

O conclave acontece por quantas rodadas de votação forem necessárias até que um candidato obtenha uma maioria de dois terços dos votos — o que desencadeia a fumaça branca. Para que isso aconteça, pelo menos 89 dos 133 votantes precisam chegar a um consenso.

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Alguns dos 133 cardeais esperados na Capela Sistina na quarta-feira são considerados “papáveis” — possíveis papas — há anos. Veja abaixo quem são os favoritos.

Quem são os favoritos para o conclave

* Com informações do g1 e do Metrópoles.

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