A Polícia Federal (PF) abriu uma investigação para apurar a origem do metanol usado para batizar bebidas alcoólicas em São Paulo e se a rede de distribuição da substância atua também em outros estados. As atualizações sobre o caso foram feitas na manhã desta terça-feira (30) pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, durante um coletiva de imprensa. Com informações do g1.

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— Na segunda-feira, determinamos ao doutor Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, que abrisse um inquérito policial para verificar a procedência dessa droga e a rede possível de distribuição que, ao tudo indica, transcende o limite de um único estado. Tudo indica que há distribuição para além do estado de são Paulo — disse Lewandowski.

Desde junho deste ano, seis casos de intoxicações ligados ao consumo de bebida alcoólica contaminada por metanol foram registrados em São Paulo. No momento, a Polícia Civil investiga outros 10 casos, dos quais três resultaram em morte.

O “número elevado e inusitado” de intoxicações por metanol em São Paulo chamou a atenção das autoridades porque foge do tipo de padrões comuns. Normalmente, segundo o ministro da Justiça, a ingestão de metanol ocorre por pessoas em situações de vulnerabilidade.

— O país costuma ter 20 casos por ano de intoxicação por metanol. A partir de setembro, foi quase metade das notificações que costumam ter no ano e concentrado apenas em São Paulo, o que chama atenção — disse o ministro da sáude, Alexandre Padilha.

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O Ministério da Saúde vai publicar uma nota técnica definindo o que é um caso suspeito ou não e esclarecendo os sintomas para orientar os profissionais de saúde sobre como identificar e agir nessas situações.

O Brasil tem 32 centros de informação e assistência toxicológica do SUS em todos os estados, onde a população pode usar esses serviços e buscar ajuda.

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