O Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, afirmou que não se opõe ao pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a realização de uma cirurgia, com uma transferência e internação já nesta quarta-feira (24). Bolsonaro precisará ser transferido da sede da Polícia Federal, em Brasília, onde está preso, para o Hospital DF Star. As informações são do g1.

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A PGR também afirmou, na manifestação, que não se opõe “à presença dos acompanhantes nomeados pela defesa”. O posicionamento acontece após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes encaminhar o pedido dos advogados de Bolsonaro. Agora, Moraes, que é relator do caso, deve decidir sobre a saída do ex-presidente da prisão.

O procedimento cirúrgico já foi autorizado pelo ministro após confirmação do diagnóstico de hérnia inguinal e necessidade de cirurgia com uma perícia realizada pela Polícia Federal. A defesa, entretanto, deve especificar quem serão os profissionais responsáveis pela cirurgia.

O que é hérnia inguinal?

De acordo com o Ministério da Saúde, a hérnia inguinal também é chamada de hérnia na virilha, justamente por serem comuns na zona em que fica a junção entre a coxa e a parte inferior do abdômen.

Considerada comum, esse tipo de hérnia surge quando uma porção do intestino ou de tecido adiposo se projeta por uma fraqueza na parede abdominal, provocando dor e incômodo. Em homens, a hérnia inguinal pode se estender até os testículos, provocando a chamada hérnia inguinoescrotal.

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A hérnia não é causada por atividade física intensa, mas por uma fraqueza que já existia na parede abdominal. Tosse crônica ou obesidade podem agravar o problema.

Moraes negou prisão domiciliar

Atualmente, Bolsonaro cumpre a pena na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Apesar de ter autorizado a cirurgia, Moraes negou o pedido da defesa de Bolsonaro para que ele cumpra a pena de 27 anos de prisão em regime domiciliar.

Para o ministro, há “total ausência dos requisitos legais para a concessão” da prisão domiciliar, levando em consideração “reiterados descumprimentos das medidas cautelares diversas da prisão e os diversos atos concretos visando a fuga”.