O piloto envolvido no acidente de lancha que matou um nadador de 49 anos e feriu gravemente outro foi o que prestou os primeiros-socorros ao sobrevivente e evitou um sangramento muito maior. O episódio foi registrado em Balneário Camboriú na manhã desta quinta-feira (17). A vítima passa por cirurgia de amputação da perna. O amigo dele, que não resistiu aos machucados, ainda não foi identificado.

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O cabo do Corpo de Bombeiros Militar José Silveira Neto foi o primeiro a chegar à cena do acidente, na Praia Central. A vítima sem vida estava na água, com cortes pelo corpo e foi retirada pelos socorristas com o auxílio do piloto. Já o homem que sobreviveu, de 61 anos, estava dentro da lancha. O condutor, de 42 anos, fez um torniquete nele usando uma corda e conseguiu controlar o sangramento mais grave, descreveu Neto.

Os bombeiros não puderam constatar se a lancha estava dentro da distância mínima permitida, que é de 200 metros a partir da zona de arrebentação das ondas (próximo à areia). Isso porque as boias que sinalizam essa metragem não estavam no mar. A instalação será feita mais perto do verão, explicou a corporação.

— Pelo que observamos, parecia que a embarcação estava na área correta — comentou o sargento.

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À Polícia Militar, o condutor da lancha contou que respeitava a demarcação de 200 metros quando percebeu ter colidido em algo. Ao avistar duas pessoas na água, notou que uma delas já estava desacordada. A outra foi resgatada pelos ocupantes do barco, que acionaram o Corpo de Bombeiros e a PM. A região onde o acidente ocorreu foi perto da Ilha das Cabras, onde os nadadores costumam frequentar.

Veja fotos do resgate

Após os primeiros procedimentos, o piloto e o proprietário da lancha que estaria junto no momento do ocorrido, levaram a embarcação à Marinha para as averiguações necessárias. Os socorristas informaram, ainda, que a embarcação possuía habilitação válida e estava locada.

Em nota, a Marinha do Brasil disse que os tripulantes foram ouvidos. O condutor da lancha passou por um teste de alcoolemia, que não apontou a presença de qualquer substância no organismo dele. O documento também ressalta que uma inspeção naval é feita regularmente no local, onde são verificadas as documentações dos pilotos e das embarcações, além de uma análise dos equipamentos de segurança e salvatagem.

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Foi instaurado, portanto, um Inquérito Administrativo para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades relacionadas ao incidente. O documento será encaminhado ao Tribunal Marítimo no prazo de até 90 dias.

A Polícia Civil também informou, por meio de nota, que, a princípio, a lancha navegava em um lugar permitido. Os procedimentos serão encaminhados para a Delegacia de Polícia da Comarca de Balneário Camboriú, junto aos laudos periciais, para dar continuidade às investigações.

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