A Lipoproteína (a), ou Lp(a), é uma partícula no sangue parecida com o colesterol ruim (LDL), mas com uma estrutura extra que a torna mais perigosa para o coração e as artérias.
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Com níveis definidos principalmente pela herança familiar, ela indica o risco de problemas no coração que vem da genética, e não são provenientes do estilo de vida da pessoa. Veja, a seguir, como essa partícula funciona na prática e o que a medicina tem feito para controlá-la.
Como a lipoproteína atua
Imagine a Lp(a) como um “carregador” que transporta colesterol pela corrente sanguínea, assim como o LDL.
A principal diferença é que a Lp(a) possui uma proteína adicional chamada apolipoproteína (a) [apo(a)], que lhe confere características únicas:
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- Formação de placas: por conter colesterol, a Lp(a) contribui para o acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias, um processo chamado aterosclerose.
- Inflamação: componentes oxidados da Lp(a) aumentam a inflamação nas artérias, agravando o dano vascular.
- Coagulação sanguínea: a Lp(a) se parece com uma molécula envolvida na quebra de coágulos (plasminogênio). Níveis altos podem atrapalhar esse processo, dificultando a dissolução de coágulos e aumentando o risco de entupimento das artérias.
Riscos para a saúde
Níveis elevados de Lp(a) aumentam o risco de várias doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, derrame (AVC), doença arterial coronariana precoce e calcificação da válvula aórtica.
Para ficar mais claro, imagine duas pessoas com o mesmo nível de colesterol LDL “ruim” controlado. Se uma delas tiver Lp(a) elevado, seu risco de sofrer um evento cardiovascular pode ser bem maior do que o da pessoa com Lp(a) normal.
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O que fazer?
Em um vídeo no YouTube, Gustavo Lenci, médico especialista em cardiologia, explica que os níveis de Lp(a) são, em grande parte, genéticos e não mudam muito com dieta e exercícios.
Além disso, o especialista conta que “hoje nós não temos um remédio específico que tenha a Lp(a) como alvo”.
Portanto, o tratamento atual foca em controlar outros fatores de risco, como manter o LDL baixo, controlar a pressão e o diabetes.
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No entanto, o médico aponta que novas drogas específicas estão em desenvolvimento e próximas de serem lançadas.
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Por Vitoria Estrela




