Cadáveres “fresh frozen” serão usados em um curso de Odontologia com foco na estética a ser lançado em Balneário Camboriú nesta terça-feira (5). As aulas começarão em fevereiro de 2025 e serão inéditas no Estado pela adesão à técnica, que consiste em corpos congelados importados dos Estados Unidos.

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O investimento do Grupo Kefraya é de R$ 15 milhões e o empreendimento é um dos primeiros do país. Isso porque a graduação “premium em Odontologia com ênfase na estética da face” adotará os cadáveres congelados para as aulas práticas. O assunto desperta curiosidade e significa, na prática, a substituição dos corpos em formol, comuns nas universidades brasileiras para os estudantes da Saúde.

A diferença entre a maneira de armazenamento faz com que os cadáveres congelados tenham o tecido semelhante ao vivo, como viscosidade e mobilidade, o que permite uma experiência mais realista ao profissional em formação. Assim, a prática em harmonização facial ganha outros contornos.

No caso do novo curso, apenas a cabeça é importante (estética facial), mas como a importação é do corpo inteiro, o grupo explica que as outras partes são aproveitadas nas áreas da medicina, como dermatologia, otorrinolaringologia, rinoplastia e cirurgias neurológicas.

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A ideia do curso surge junto com números que mostram um expressivo aumento na demanda por procedimentos estéticos, que movimentam bilhões de reais anualmente. Batizada de Face.U, a primeira faculdade de Odontologia com foco em estética facial ficará localizada em Balneário Camboriú.

Além dos fresh frozen, os alunos contarão com laboratórios de simulação clínica de alta tecnologia e turmas reduzidas para um ensino mais personalizado, garante o grupo investidor que começou em Lages e agora tem mais de 70 instituições de ensino espalhadas pelo Brasil.

As aulas da Face.U iniciarão em 20 de fevereiro de 2025.

Faculdade de Odontologia com ênfase na estética da face será aberta em Balneário Camboriú (Foto: Divulgação Grupo Kefraya)

A polêmica dos “fresh frozen”

O tema ganhou repercussão no fim de setembro depois que uma usuária do Bluesky, concorrente do X (antigo twitter), falou sobre o método ao narrar um curso de treinamento de procedimentos estéticos para dentistas. A prática, porém, é comum na medicina, explicou ao g1 Mohamad Abou Wadi, cirurgião-dentista e CEO do Grupo Kefraya, responsável pelo Instituto de Treinamento em Cadáveres Frescos.

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