Quando o relógio marca a virada do ano, milhares de pessoas seguem em direção ao mar para cumprir um dos rituais mais tradicionais do Réveillon brasileiro: pular sete ondas.

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A prática, repetida em praias de norte a sul do país, mistura fé, simbolismo e herança cultural, atravessando gerações como um gesto de esperança para o novo ciclo que começa.

A origem da tradição e a herança cultural

A origem do costume está ligada às religiões de matriz africana, especialmente ao culto a Iemanjá, a orixá associada ao mar, à fertilidade e à proteção. Segundo a tradição, pular as ondas funciona como uma forma de pedir bênçãos, afastar energias negativas e agradecer pelas conquistas do ano que termina.

Cada onda saltada simboliza um pedido ou uma intenção específica, geralmente feito em silêncio enquanto se mantém o pensamento positivo.

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Com o passar dos anos, o ritual ultrapassou os limites religiosos e passou a ser adotado por pessoas de diferentes crenças, tornando-se um patrimônio da cultura popular brasileira.

Por que o número sete?

O número sete carrega uma forte carga simbólica em diversas culturas e religiões, sendo frequentemente associado à espiritualidade, à perfeição e aos ciclos da natureza.

No contexto do Réveillon, pular sete ondas representa a passagem completa para um novo período, com a expectativa de equilíbrio, prosperidade e renovação total.

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Muitos brasileiros veem o gesto como um momento de conexão pessoal, reflexão e definição de metas. Mesmo quem não segue a tradição religiosa costuma participar do costume como um símbolo psicológico de recomeço e purificação.

A importância dos rituais para o emocional social

Especialistas em cultura popular destacam que rituais como esse ganham força em datas simbólicas porque ajudam a marcar o fim de um ciclo e o início de outro.

A virada do ano, carregada de expectativas, torna-se um momento propício para práticas que estimulam a esperança e o sentimento de controle sobre o futuro.

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Apesar das variações regionais, a essência do ritual permanece a mesma: entrar no mar, pular as ondas de frente para a água e mentalizar desejos positivos. Em algumas variações, há ainda o costume de oferecer flores ao mar ou vestir roupas brancas, reforçando o pedido coletivo de paz.

Mais do que uma superstição, pular sete ondas na virada do ano reflete a força das tradições populares e a busca constante por renovação. Em meio a fogos e celebrações, o ritual segue como um dos símbolos mais marcantes e resistentes do Réveillon no Brasil.

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