A notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado após um episódio de pré-síncope despertou a curiosidade das pessoas. Afinal, o que significa essa condição de saúde? Pré-síncope é algo que muita gente já sentiu, mas talvez não saiba definir com esse nome.

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Muitas pessoas relatam já ter passado por uma sensação de desmaio iminente, um “quase-apagão”. Trata-se de um aviso importante do corpo de que algo está errado. Geralmente as causas deste mal-estar é que são a raiz do problema de saúde maior, e é importante agir rápido.

O que é a pré-síncope? O corpo avisa antes do desmaio

De forma direta, a pré-síncope é o estágio que antecede a síncope (o desmaio propriamente dito). É caracterizada por uma tontura intensa e a sensação clara de que a consciência está prestes a ser perdida, mas sem que o “apagão” completo ocorra.

“É a sensação de um desmaio iminente, isto é, de um desmaio que está para acontecer”, explica Marcelo Franken, cardiologista do Hospital Israelita Einstein ao g1. Esse quadro ocorre quando o fluxo de sangue para o cérebro diminui temporariamente, o que dispara uma série de alarmes no organismo.

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Quais são os principais sintomas?

O corpo geralmente emite sinais claros de que algo não vai bem antes de um possível desmaio. De acordo com especialistas, os sintomas mais característicos da pré-síncope incluem:

  • Tontura: A sensação de que o ambiente está girando ou de instabilidade.
  • Escurecimento visual: A visão fica turva, escura ou “com pontos brilhantes”.
  • Mal-estar e náuseas: É comum sentir o estômago embrulhado, podendo levar a vômitos.
  • Palidez e suor frio: A pele fica pálida e pegajosa.
  • Fraqueza: Uma sensação súbita de cansaço e perda de força.

Entenda a situação de Bolsonaro

Por que a pré-síncope acontece?

Na maioria dos casos, a causa principal é a queda da pressão arterial, como a que foi relatada no quadro do ex-presidente. “Com a queda da pressão arterial, ocorre uma diminuição do fluxo sanguíneo cerebral, o que pode levar à pré-síncope ou, até mesmo, à síncope”, detalha o cardiologista Marcelo Franken.

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Outros fatores também podem contribuir para essa queda de pressão e, consequentemente, para o quadro. No caso de Bolsonaro, o histórico médico recente pode ter sido um gatilho. “Anemia e desidratação podem levar à queda de pressão arterial e, consequentemente, à pré-síncope”, analisa o médico.

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