O Largo da Alfândega, no Centro de Florianópolis, ganhará vida durante um concerto gratuito da Orquestra Brasileira, no próximo sábado (29), às 19h. Com regência de Luiz Gustavo Zago, o concerto Origens – A Trilha da Nossa Música será acompanhado por uma projeção mapeada no prédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

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O concerto terá repertório com obras de Chiquinha Gonzaga, Carlos Gomes, Heitor Villa-Lobos, Tom Jobim e Hermeto Pascoal, entre outros. A intenção é promover uma fusão de ritmos e influências europeias e africanas, evidenciada em arranjos que conectam o clássico ao popular.

O histórico prédio que abriga o Iphan vai ganhar vida com projeções mapeadas assinadas por Simone Grando. O video mapping combina formas fluidas, cores vibrantes e padrões dinâmicos, buscando traduzir em arte o ritmo e a alma do Brasil em uma experiência imersiva.

A Orquestra Brasileira é um projeto do pianista, compositor e maestro Luiz Gustavo Zago. Criada em 2020, reúne nomes da cena instrumental Santa Catarina e busca misturar música clássica com instrumentos da música popular brasileira.

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— O que eu acho que é mais interessante na nossa identidade musical é a melodia. A melodia brasileira tem um uma característica muito especial: ela tem uma certa nostalgia, uma certa melancolia, que é muito leve, que é muito gostosa, muito diferente, por exemplo, da música pop — diz o maestro Luiz Gustavo Zago.

O evento terá ainda apresentações das cantoras Jandira Souza e Camélia Martins, que será são convidadas especiais e farão show de abertura. Elas também participam do final do espetáculo, interpretando canções populares para o público cantar junto. Todo o espetáculo será acessível, com tradução simultânea em LIBRAS e audiodescrição.

Veja fotos do projeto Orquestra Brasileira

Influências europeias e africanas

No repertório, o público vai perceber as influências africanas em alguns arranjos, como para a música Coisa nº 4, do álbum Coisas, lançado em 1965 pelo compositor, maestro e multi-instrumentista brasileiro Moacir Santos (1926 – 2006).

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Para mostrar a influência europeia, a Orquestra Brasileira começa apresentando um Noturno de Frédéric Chopin (1810-1849). No Concerto Origens, o Noturno de Chopin é apresentado em novo arranjo: uma valsa-choro.

O espetáculo Origens já teve uma edição em 2022, apresentada no Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC). Para o concerto ao ar livre deste ano, o maestro traz para o repertório peças novas, incluindo algumas novas de Heitor Villa-Lobos.

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