Devido à greve de ônibus em Florianópolis, a prefeitura anunciou que irá disponibilizar 60 vans saindo do Centro em direção ao Sul, Continente, Norte e Leste da Ilha. O transporte foi autorizado a operar a partir das 13h desta quinta-feira (12), em caso de necessidade, conforme a prefeitura. A tarifa será de R$ 15 (linha curta) e R$ 20 (linha longa).

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Na tarde desta quinta-feia, a NSC TV foi até os locais de embarque e não encontrou nenhuma van circulando. A prefeitura informou que o serviço funcionará em caso de paralisação.

Desde as 10h30min, os ônibus de transporte coletivo operam normalmente em Florianópolis. Conforme o sindicato, a greve continua, mas não estão previstas novas paralisações no momento.

Pontos de embarque com vans da prefeitura

  • Continente: Av. Paulo Fontes no recuo ao lado do Terminal Rita Maria
  • Norte e Leste da Ilha: Av. Paulo Fontes, no sentido oposto do Terminal Rita Maria, onde havia a passarela que foi removida
  • Sul da Ilha: em frente do Largo da Alfândega

Linhas

Área central (R$ 15)

  • Centro – UFSC/Trindade
  • Centro – UFSC/Pantanal – Saco dos Limões

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Área continental (R$ 15)

  • Jardim Atlântico
  • Capoeiras/Ivo Silveira
  • Abraão/Coqueiros

Norte da Ilha (R$ 20)

  • Santinho
  • Rio Vermelho
  • Pontadas Canas/Canasvieiras

Leste da Ilha (R$ 20)

  • Barra da Lagoa

Sul da Ilha (R$ 20)

  • Aeroporto/Carianos
  • Tapera
  • Ribeirão da Ilha
  • Pântano do Sul

Greve em Florianópolis

Entre 40 e 50 mil pessoas foram impactadas pela paralisação dos ônibus desde o início da manhã desta quinta-feira (12), de acordo com o Sindicato de Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros da Grande Florianópolis (Setuf). No total, 89 linhas da cidade foram afetadas, principalmente no Norte e Leste da Ilha.

Os ônibus voltaram a circular em Florianópolis entre as 10h e 10h30min. Inicialmente, o retorno estava previsto para as 7h, mas trabalhadores seguiram parados por mais três horas.

A paralisação causou transtorno para moradores que precisavam chegar ao trabalho pela manhã. Alguns aguardaram horas até que os ônibus começassem a sair. Outros se organizaram em caronas ou transporte por aplicativo.

— Tenho que ir trabalhar no Shopping Beiramar. Preciso chegar lá porque tenho compromisso no serviço. Comecei há pouco — diz Fernando Arnaldo de Andrade, que foi de bicicleta até o Tican para aguardar o retorno dos ônibus.

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A Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunicaram, em nota, que as atividades dos centros de Florianópolis foram flexibilizadas devido a paralisação do transporte público.

Os trabalhadores reivindicam um reajuste de 6% no salário, 10% no vale-alimentação e um adicional de 10% para motoristas que também exercem a função de cobrador. Segundo o sindicato da categoria, a proposta das empresas é insuficiente diante das condições de trabalho e da pressão financeira que os profissionais enfrentam.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito Topázio Neto (PSD) afirmou que segue em contato com os dois sindicatos para auxiliar nas negociações. Além disso, informou que a prefeitura se organiza para oferecer transporte para a população da Capital.

— O transporte público de Florianópolis é uma operação concedida para um consórcio de empresas. Portanto, eu vou cobrar do consórcio o cumprimento do contrato, ou seja, ter ônibus disponíveis para a população […]. Em paralelo, a prefeitura está organizando a disponibilização de vans para atender a população. São milhares de pessoas que dependem de um transporte público e que não podem ficar na mão sem a presença dos ônibus. Durante todo o dia vamos monitorar, empenhar todo o nosso efetivo da guarda municipal com o auxílio da Polícia Militar, auxiliar nas negociações, mesmo sendo uma relação entre as empresas e o sindicato — disse.

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Veja fotos da paralisação nesta manhã

Veja a nota do sindicato

A primeira paralisação da jornada de lutas aprovada pela assembleia, que na noite de ontem rejeitou a proposta apresentada pelos patrões, encerrou neste momento e os trabalhadores retornaram às suas jornadas.

A atividade iniciou na madrugada respeitado a ordem judicial (Interdito Proibitório) de manterem-se até 200 metros de distancia dos portões das garagens e tinha previsão de encerrar às 08:00 da manhã, todavia os trabalhadores optaram por estender o movimento por mais duas horas, numa clara disposição de continuar mobilizada na busca de uma proposta melhor por parte dos patrões.

Veja a nota do SETUF

As empresas que operam o sistema de transporte público coletivo na região metropolitana da Grande FloO que diz o Setuf

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“O SETUF (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros da Grande Florianópolis) lamenta as paralisações dos trabalhadores do setor ocorridas na manhã desta quinta-feira (12).

As empresas aceitaram conceder um reajuste salarial acima da inflação do período, cujo índice medido pelo INPC foi de 5,32%. A proposta, que também contemplava melhorias em benefícios, foi apresentada ao sindicato dos trabalhadores e estava condicionada à não realização de paralisações. Importante destacar que o índice inflacionário já foi pago no último pagamento referente ao mês de maio. 

Dessa forma, lamentamos profundamente os transtornos causados aos milhares de usuários do sistema e pedimos o fim das paralisações que comprometem a mobilidade da população”

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