O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, negou nesta sexta-feira (1°) a possibilidade de transferir a sede do evento em Belém por questões de acomodação. Na quinta (31), veio à público uma declaração dele de que países têm pressionado o governo brasileiro pela mudança, em função do alto preço das hospedagens na cidade durante a conferência. As informações são do g1.
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— Não vamos nos mudar — disse Lago, em conversa com a imprensa estrangeira.
O presidente admitiu que há um problema com as acomodações e preços, mas que isso estava em negociação:
— Vamos garantir que essa única dimensão que está sendo levantada, que é o preço dos hotéis, possa ser superada para que todos possam vir a Belém.
A manifestação do presidente da COP30 foi dada para a imprensa internacional no dia seguinte em que se tornou pública uma reunião de emergência na ONU em que os governos cobravam o Brasil pelos altos preços nas acomodações e a qualidade do que estava sendo ofertado. Um dos pontos é que os países pobres não poderiam arcar com os custos e, com isso, ficariam de fora do debate. Em vídeo, Lago admite que as acomodações estão até 10 vezes mais caras.
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Organização promete hospedagem mais barata
Em nota, a organização do evento afirmou que já lançou uma plataforma para gerenciar as hospedagens, que será administrada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Através da plataforma, países em desenvolvimento e insulares poderão ter acesso a vagas com diárias de até U$ 220.
Na nota, a organização afirma que as opções de estadia serão disponibilizadas por etapas, conforme acordo entre o Brasil e a UNFCCC. Segundo os organizadores, dentre as opções, estarão disponíveis todas as modalidades: setor hoteleiro, aluguel por temporada e navios.
“Nesta primeira etapa, a oferta será realizada, por meio da plataforma, aos 98 países em desenvolvimento e países insulares, com diárias de até U$ 220. Na etapa seguinte, os demais países e grupos como mídia e observadores poderão adquirir acomodações por até US$ 600. Ainda não há uma previsão exata para iniciar as próximas etapas. É a própria ONU que está coordenando a oferta com os países-partes da Convenção-Quadro e, por isso, é ela quem está enviando os links de acesso à Plataforma a todos os credenciados”, afirmou.
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