Pivô da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que levou à condenação da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), o hacker Walter Delgatti Neto está preso desde agosto de 2023 na Penitenciária 2 de Tremembé, cidade do interior de São Paulo. Delgatti também foi condenado no caso. Como o processo chegou ao fim da fase de recursos no Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão dele deixou de ser preventiva e ele começou a cumprir a pena, de 8 anos e 3 meses de prisão. As informações são do portal g1.
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Na unidade em que Delgatti está preso, ele fez amigos famosos ou que ficaram conhecidos por crimes de repercussão. Segundo o g1, o hacker joga bola com o ex-jogador Robinho, preso por condenação de estupro na Itália, conversa com ele sobre política e teria até ganhado uma refeição do ex-atleta. As informações foram repassadas pelo advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira.
Veja fotos do hacker Walter Delgatti Neto
No pátio da penitenciária de Tremembé, área em que os presos ficam durante as manhãs, o hacker Walter Delgatti Neto também conversa com outros condenados por crimes que ficaram conhecidos, como o ex-médico Roger Abdelmassih, acusado de estuprar pacientes, e o empresário Thiago Brennand, suspeito de agressão a mulheres.
Segundo o advogado do hacker, Delgatti divide cela com um acusado de feminicídio e estaria aprendendo a jogar xadrez com um ex-prefeito preso na mesma unidade.
Ele lê livros na unidade prisional e atualmente faz um curso, à espera de uma vaga de emprego.
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As condenações do hacker
Delgatti Neto foi condenado pelo STF a 8 anos e 3 meses de prisão por invadir o sistema do CNJ e inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, “assinada” pelo próprio magistrado. Pelo mesmo crime, a deputada Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão e à perda do mandato. Ela está de licença da Câmara e, segundo informações da PF, estaria na Itália.
O hacker já havia sido condenado a 20 anos de prisão por invadir celulares de autoridades ligados à antiga Operação Lava-Jato. Neste caso, no entanto, ele responde em liberdade porque ainda há recursos passíveis de análise.
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