Um satélite de pequeno porte que deve monitorar as queimadas no país vem sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) há cinco anos. Agora, o projeto está em reta final, e busca ajudar o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no monitoramento de incêndios em vegetações no Brasil. É a primeira vez que o dispositivo, que foi desenvolvido na universidade catarinense, poderá ser lançado à órbita a partir do território nacional. As informações são da NSC TV.
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Neste ano, o Brasil já registrou quase 160 mil focos de incêndio, de acordo com o Inpe, que utiliza vários satélites para monitorar em tempo real as grandes regiões de matas, na busca por incêndios florestais. O monitoramento acontece para que o fogo seja detectado no estágio mais inicial possível, evitando que ele se alastre.
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Modelo de teste tem investimento de R$ 500 mil
O modelo de testes, que é praticamente idêntico ao original (que ainda não está pronto), é um equipamento de 20 centímetros de altura por 10 centímetros de largura.
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Veja fotos do modelo de teste
O satélite, quando lançado em órbita, ficará a 600 quilômetros de altura. Durante pelo menos um ano, ele vai gerar informações ambientais de todo o território brasileiro que serão úteis no combate às queimadas, como: temperatura, umidade e nível de poluição.
Atualmente, esse monitoramento é feito através dos grandes satélites, que produzem dados mais precisos, porém em um intervalo de tempo maior.
O professor Eduardo Augusto Bezerra, coordenador do Laboratório de Pesquisa em Sistemas Espaciais (SpaceLab) da UFSC, disse à NSC TV que a ideia é ter uma constelação de pequenos satélites.
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— Um satélite de pequeno custo, pequeno porte e pequeno custo, eu posso ter vários. Então a ideia é essa, a gente ter uma constelação de pequenos satélites, com a qual vamos conseguir ter um monitoramento praticamente em tempo real do que está acontecendo. Então, se iniciou uma queimada, em algum lugar, o satélite vai capturá-la — esclarece.
Lançamento do satélite
O lançamento do satélite deve acontecer em março do ano que vem, de acordo com as previsões. Até lá, o modelo continua passando por diversos testes.
Um dos maiores desafios é garantir que ele tenha energia para funcionar durante toda a missão. Para isso, o satélite será equipado com quatro baterias e oito painéis de energia solar, conforme explica João Barcellos, que é engenheiro eletricista.
— Com isso, consegue fazer a coleta de energia e também consegue, quando o satélite estiver em um ambiente completamente apagado, quando ele estiver em eclipse, as baterias teriam que dar conta de manter o satélite inteiro funcionando — conta.
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Público geral terá acesso aos dados
Os dados que serão coletados também ficarão à disposição do público geral.
— A gente está criando uma plataforma online, para exibir todos esses dados. E também um aplicativo, para que cada pessoa possa ter todos os dados coletados no seu próprio telefone — compartilha Caique Sales, estudante de Engenharia Mecânica na universidade.
Os satélites desenvolvidos pela equipe não fazem somente coletas de dados ambientais. Por isso, eles entendem que os levantamentos que serão feitos pelo equipamento poderão ajudar diferentes tipos de setores.
Projeto existe há cinco anos
Os trabalhos para desenvolver o satélite começaram em 2019. Atualmente, a equipe conta com 25 pesquisadores, entre estudantes e professores.
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— Realmente é como um sonho mesmo, trabalhar com uma área que eu sempre gostei, de sistemas embarcados no geral. Ainda mais para algo tão interessante como o espaço. E realmente a equipe é muito incrível, aprendo todo dia. É impressionante, realmente é muito satisfatório trabalhar aqui — compartilha Carlos Augusto Freitas, também estudante de Engenharia Eletrônica.
*Sob supervisão de Andréa da Luz
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