A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (12) mostra que 67% dos brasileiros aprovaram a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes. Outros 25% desaprovam.

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O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos e realizado entre os dias 6 e 9 de novembro com 2.004 pessoas de 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

A região Sul teve a maior porcentagem de aprovação, com 74% dos entrevistados aprovando a megaoperação. Em seguida está o Centro-Oeste/Norte (70%), Nordeste (66%) e Sudeste (64%).

Além disso, 67% dos entrevistados acham que a polícia não exagerou na força empregada durante a megaoperação e 29% acreditam que sim.

Ainda de acordo com o levantamento, 55% dos brasileiros responderam que não gostariam que uma operação igual acontecesse em seu estado. Outros 42% responderam que sim, e 3% não souberam ou não responderam.

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Relembre a megaoperação

A operação foi considerada a mais letal da história do Brasil, com 121 mortes confirmadas pelo governo do Rio de Janeiro.

Entre os mortos estão quatro policiais civis, três policiais militares, dois homens apontados como traficantes vindos da Bahia e quatro moradores. Ainda, três inocentes foram atingidos: um homem em situação de rua, atingido nas costas por uma bala perdida; uma mulher que estava em uma academia e também foi ferida, mas já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.

A megaoperação teve como objetivo cumprir mandados de prisão contra integrantes de uma facção criminosa, sendo 30 deles fora do Rio de Janeiro, que estariam escondidos em favelas. No total, segundo a Polícia Civil, 113 pessoas foram presas, sendo 33 de outros estados e 10 menores infratores foram apreendidos. A megaoperação também resultou na apreensão de 91 fuzis, 26 pistolas e um revólver.

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Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e 2,5 mil policiais foram mobilizados na ação para cumprir 100 mandados de prisão.