O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o Produto Interno Bruto (PIB) do ano de 2023, o que fez com que o número final passasse de 2,9% para 3,2%. Com isso, um reajuste no salário mínimo para 2025 deveria ocorrer, já que a fórmula atual é corrigida de acordo com a inflação, associada ao resultado do PIB.

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O novo número foi anunciado pelo IBGE junto ao resultado do PIB do terceiro trimestre deste ano. Com a alta do PIB dos últimos dois anos, levada em conta para o cálculo do salário mínimo, e a projeção de inflação oficial para o período de doze meses até novembro, de 4,66%, o salário mínimo deveria subir para R$ 1.525 a partir de janeiro, com pagamento em fevereiro.

No momento, o salário mínimo está em R$ 1.412. Com o resultado da inflação até novembro ainda não fechado, também não há informação sobre o valor do salário mínimo para novembro. O número de R$ 1.525 é apenas uma estimativa.

Na terça-feira (10) da próxima semana, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de novembro será divulgado pelo IBGE.

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Limitações para o salário mínimo

Nesta semana, o governo propôs a limitação do ritmo de crescimento do salário mínimo. Com isso, o crescimento real — aquele acima da inflação — não poderá superar 2,5% ao ano. O limite fica dentro do teto para expansão dos gastos no arcabouço fiscal, regra para aprovada em 2023.

Com esse cálculo, o salário mínimo para 2025 ficaria em R$ 1.515, R$ 10 abaixo do estimado pelo crescimento do PIB e da inflação.

Esse novo método de atualização anual ainda passará por aprovação no Congresso Nacional. A nova proposta prevê uma economia de cerca de R$ 4 bilhões em 2025 em aposentadorias e benefícios sociais.

Segundo o governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo se cria uma despesa de aproximadamente R$ 392 milhões. Isso porque os benefícios previdenciários, e outros, não podem ser menores que o valor do mínimo.

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Entre 2025 e 2030, a previsão é que a nova regra que limita o crescimento do indicador traga uma economia de R$ 109,8 bilhões. O valor representa um terço da expectativa total de economia de dinheiro público no período, de R$ 327,1 bilhões.

Referência para trabalhadores, aposentados e beneficiários

Segundo nota técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 59,3 milhões de pessoas no Brasil.

Entre a população diretamente impactada por suas variações estão os trabalhadores que recebem, por contrato, um salário mínimo ou múltiplos dele, além de aposentadorias e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) vinculados ao valor.

Ainda, o indicador influencia na economia, com aumento do “salário médio” dos brasileiros e elevação do poder de compra do trabalhador.

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*Com informações do g1

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