Entre os moradores de Florianópolis, 59,9% é natural de Santa Catarina e 39,1% é natural de outros estados. O número fica acima do registrado para o Estado de Santa Catarina como um todo, em que 75,6% são naturais do Estado e 24,4% são de outros estados ou estrangeiros.

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Entre 2017 e 2022, a capital recebeu 84,6 mil migrantes segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (27). Essa parcela, que chegou a Florianópolis dentro desse intervalo de cinco anos, correspondia a 15,7% do total da população da capital catarinense em 2022.

Entre os maiores municípios, outros dois tinham uma proporção ainda maior de população vinda de migrantes de outros estados neste período: Balneário Camboriú (21,8%), no Litoral Norte, e Palhoça (18,1%), também na Grande Florianópolis.

Considerando todas as cidades do Estado, Balneário Gaivota, no Sul, teve a maior proporção de moradores vindos de outros estados (32,4%).

Veja as cinco maiores proporções, todas elas no litoral catarinense:

  • Balneário Gaivota: (SC) 32,4%
  • Itapoá (SC): 32,3%
  • Porto Belo (SC): 30,1%
  • Araquari (SC): 28,7%
  • Balneário Arroio do Silva (SC): 28,4%

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Venezuelanos são maioria entre os imigrantes

A maioria dos migrantes na capital são do Rio Grande do Sul, os quais eram 9,21% da população no ano 2000, 12,69% em 2010 e chegaram a 15,74% dos moradores da cidade em 2022.

Em seguida aparecem os paulistas, que eram 3,28% em 2000, subiram para 4,66% em 2010 e atingiram 6,26% em 2022. Em terceiro lugar estão os paranaenses, 4,35% em 2000, 5,31% em 2020, e 4,93% em 2022, com uma pequena queda.

Florianópolis também teve um crescimento na população de imigrantes, ou seja, moradores da cidade que vieram de outros países. O grupo saltou de 1,1% em 2010 para 2,09% em 2022. O país com mais representação entre os imigrantes que se mudaram para capital entre 2017 e 2022 é a Venezuela.

Foram 1.512 venezuelanos chegando a Florianópolis no período, equivalente a 29,22% do total. Em seguida aparecem os argentinos, que foram 751 (14,51%), moradores da República Dominicana, sendo 219 pessoas (4,23%), dos Estados Unidos, 205 pessoas (3,96%) e de Portugal, 200 pessoas (3,87%).

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Os venezuelanos ultrapassaram os portugueses e são a maioria entre os estrangeiros no Brasil. É a primeira vez que os portugueses deixam de liderar o ranking de imigrantes no país. Em 2010, havia 2.869 venezuelanos no Brasil. Em 2022, o número saltou para 271.514. No mesmo período, o total de portugueses caiu de 137.972 para 104.345, uma redução de 24%.

Entre 2013 e 2022, 54% dos imigrantes estrangeiros chegaram ao Brasil. O número de latino-americanos no país subiu de 183.448 para 646.015 entre 2010 e 2022. Além dos venezuelanos, destacam-se bolivianos, haitianos, paraguaios, argentinos e colombianos. Já o número de europeus caiu no mesmo período, de 263.393 para 203.284.

SC é o Estado que mais recebe migrantes

Santa Catarina foi o estado com maior saldo migratório no Brasil, segundo dados do IBGE. Isso porque 503.580 pessoas chegaram à região, enquanto apenas 149.230 saíram, resultando no saldo final de 354.350. Os dados comparam dados dos últimos cinco anos, entre 2017 e 2022, quando foi realizado o último Censo. [vale explicar em poucas linhas o que é saldo migratório]

O saldo migratório catarinense superou o de Goiás (186,8 mil pessoas), Mato Grosso (103,9 mil) e Minas Gerais (106,5 mil).

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Entretanto, o estado que mais ganhou novos moradores foi São Paulo, com 736.380 residentes de outros estados no intervalo de cinco anos. Porém, a Unidade Federativa (UF) paulista perdeu 825.958 habitantes, que acabaram se mudando para outros estados. Isso gerou um saldo negativo de -89 578.

Ainda assim, o Rio de Janeiro ficou com o maior saldo negativo, com -165.360. Isso porque as pessoas mais saíram do que se mudaram para o estado. Foram 167.214 entradas e 332.574 saídas.

Santa Catarina registrou um crescimento expressivo na proporção de estrangeiros na população residente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual mais que triplicou, saltando de 0,3% para 1,1%. O número de estrangeiros no Estado, que em 2010 somavam 11.671 pessoas, aumentou em mais de seis vezes, chegando a 72.793 pessoas em 2022.

Os países que mais imigraram para SC foram Venezuela (26.977), Haiti (7.881), Argentina (2.520), Estados Unidos (1.349) e Portugal (986). Chapecó foi a cidade catarinense que mais recebeu estrangeiros nos últimos dez anos, foram 10.855. Isso representa 4,26% da população atual da cidade que tem 254.785 habitantes, segundo o Censo 2022 do IBGE.

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