Quatro agressões contra crianças em escolas são alvos de investigação no Planalto Norte de SC

Ao todo, quatro casos de supostas agressões contra crianças em escolas de duas cidades do Planalto Norte de Santa Catarina estão sendo investigados. As ocorrências foram registradas em Mafra e Canoinhas, sendo que ao menos três casos ocorreram em Centros de Educação Infantil (CEI).

A Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami) de Canoinhas informou que investiga três casos de possíveis agressões que teriam ocorrido dentro de escolas do município. Um dos casos foi divulgado no dia 13 de agosto pela prefeita Juliana Maciel (PL). No episódio, duas professoras foram exoneradas. 

O segundo caso também teria ocorrido em um CEI da cidade e uma professora também foi exonerada. “Assim que a Secretaria de Educação tomou conhecimento da conduta, a professora também foi exonerada. O caso foi imediatamente comunicado ao Conselho Tutelar e à Polícia Civil para as providências cabíveis”, disse a prefeitura de Canoinhas em nota.

A Polícia Civil informou que, além destas duas situações, um terceiro caso também está sendo investigado na cidade, mas não deu detalhes para não atrapalhar as investigações.

Diante das denúncias, a prefeitura de Canoinhas informou que já está em andamento a compra de câmeras de videomonitoramento para todas as salas de aula. A Secretaria de Educação também elaborou um protocolo para receber e apurar qualquer denúncia ou suspeita de violência nas escolas, seja por parte de alunos, profissionais ou familiares.

Além das ocorrências registradas em Canoinhas, um quarto caso foi denunciado na região, desta vez, em Mafra, onde uma criança também teria sido vítima de maus-tratos em um CEI da cidade. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Conforme a Prefeitura de Mafra, após receber denúncia, o processo administrativo foi instaurado e os profissionais envolvidos foram afastados para garantir a proteção dos alunos e a transparência das apurações. Além disso, afirmou que este seria um caso isolado e “atos dessa natureza não serão tolerados” conforme nota publicada na última semana.

Veja a nota completa da prefeitura de Canoinhas

“A Prefeitura de Canoinhas repudia, de forma veemente, qualquer ato de violência contra crianças e reafirma seu compromisso com a proteção, o respeito e o cuidado. Nosso objetivo é garantir que todas as unidades escolares sejam ambientes seguros, acolhedores e de total confiança para a comunidade.

Assim que a Secretaria de Educação tomou conhecimento da conduta, a professora também foi exonerada. O caso foi imediatamente comunicado ao Conselho Tutelar e à Polícia Civil para as providências cabíveis.

Em cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente e respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados, não serão divulgados detalhes, a fim de preservar a integridade das crianças e de suas famílias. 

Reiteramos que, ao contratar um profissional para atuar na educação, são exigidas documentações que comprovem sua capacidade técnica — inclusive certidões e antecedentes criminais. Além disso, nossos servidores recebem capacitações constantes em diversas áreas, sempre buscando aprimorar o conhecimento e a relação com os alunos.

A partir do relato dos pais, a conduta da diretora também será apurada por meio de sindicância.

Informamos ainda que já está em andamento a compra de câmeras de videomonitoramento para todas as salas de aula. A Secretaria de Educação também elaborou um protocolo para receber e apurar qualquer denúncia ou suspeita de violência nas escolas, seja por parte de alunos, profissionais ou pais/responsáveis. Este documento foi apresentado às diretoras nesta terça-feira.

Sabemos que situações como esta causam indignação e tristeza, mas reforçamos que elas não representam a grandiosidade e o valor da educação que Canoinhas oferece todos os dias, com profissionais dedicados e comprometidos com o futuro das nossas crianças”.

Confira a nota completa de Mafra

“Até o momento, o que temos é a denúncia recebida sobre o caso no CEIM Nossa Senhora das Graças. A Prefeitura de Mafra, por meio das secretarias de Administração e Educação, já instaurou processo de sindicância em desfavor das profissionais envolvidas, procedimento que tem como objetivo apurar os fatos de forma rigorosa e conforme os trâmites legais.

A denúncia também já foi encaminhada ao Ministério Público, para que o órgão adote as medidas cabíveis dentro de sua competência.

Reforçamos que todas as providências estão sendo tomadas para garantir a transparência, a proteção dos alunos e a responsabilização dos envolvidos. É importante destacar que medidas administrativas mais severas, como o afastamento, dependem do resultado da sindicância, que irá confirmar ou não a ocorrência do ato de maus-tratos.”

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