O presidente Michel Temer comentou pela primeira vez nesta quinta-feira o massacre de 60 presos em dois presídios de Manaus, ocorrido no início da semana. Na abertura de uma reunião com ministros da área da Segurança, o presidente classificou os assassinatos como um “acidente pavoroso”.

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– Eu quero numa primeira fala, mais uma vez, solidarizar-me com as famílias que tiveram seus presos vitimados naquele acidente pavoroso que ocorreu no presídio de Manaus. É uma solidariedade governamental e tenho certeza de que apadrinhada por aqueles que aqui se acham – disse Temer.

“Um acidente pavoroso”, avalia Temer sobre massacre em Manaus

No Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), a rebelião deixou 56 mortos, e permitiu a fuga de centenas de presos. Outros quatro detentos morreram na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), também em Manaus.

Embora o governo do Estado do Amazonas tivesse informações sobre um plano de fuga em massa no Compaj, as autoridades não impediram a rebelião. Ainda no encontro com ministros, Temer destacou que a administração da unidade prisional é feita por meio de parceria público-privada, por isso não vê “responsabilidade dos agentes estatais”.

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– Vocês sabem que lá em Manaus o presídio era terceirizado, privatizado. Portanto, não houve, por assim dizer, uma responsabilidade, digamos, muito objetiva, muito clara, muito definida dos agentes estatais. É claro que os agentes estatais haveriam de ter informações, acompanhamento – disse.

Ministro culpa empresa por massacre em Manaus

Participam do encontro no Planalto os ministros José Serra (Relações Exteriores), Alexandre de Moraes (Justiça), Raul Jungmann (Defesa), Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional) e Eliseu Padilha (Casa Civil).

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