Quatro pessoas foram presas em flagrante durante uma operação da CyberGaeco em combate ao armazenamento de material de abuso sexual infantil na manhã desta sexta-feira (27). A operação Expurgo teve mandados de busca e apreensão cumpridos em Camboriú, Brusque, Indaial, Timbó, Joinville e também em Ubatuba (SP)
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Durante a ação, os agentes fizeram os flagrantes. Duas prisões ocorreram em Timbó, onde um dos suspeitos possuía em casa 640 arquivos de pornografia infantil nos dispositivos eletrônicos e o outro, 588 conteúdos. Outra detenção foi em Indaial, com 893 arquivos apreendidos, e uma quarta pessoa foi presa em Camboriú. Em Joinville e São Paulo somente foram apreendidos os aparelhos tecnológicos, como notebook, computadores, tablets, celulares e cerca de 15 HDs de memória, que passarão por uma perícia.
— Essas pessoas que foram alvo da operação hoje não tinham relação entre si, mas elas se relacionam em grupos de indivíduos que trocam essas imagens — explica o coordenador estadual do CyberGaeco e promotor de justiça, Eliatar Silva Juniora.
O promotor afirma que os suspeitos não possuíam antecedentes criminais e tinham entre 20 a 40 anos. Um deles, inclusive, estava sendo preso em flagrante pela segunda vez por esse mesmo crime.
— Eu diria que há uma indústria por trás da pornografia infantil. Muito desse material vem do exterior. Quando tem crianças vítimas brasileiras, em alguns casos, o CyberGaeco consegue identificar — diz.
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O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público de Santa Catarina, e a Polícia Científica seguem a investigação sob sigilo de justiça. O objetivo, agora, será periciar os materiais para descobrir se foram cometidos crimes mais graves, como a venda, troca ou até mesmo a produção de material pornográfico infantil.
— É importante ressaltar que esses indivíduos que baixam e armazenam pornografia infantil agem no anonimato da internet para cometerem os crimes de pedofilia — reforça o promotor.
As investigações foram feitas ao longo de semana por um monitoramento das redes com apoio da Polícia Federal e da agência governamental norte-americana Homeland Security Investigations, da Embaixada dos Estados Unidos. Conforme o CyberGaeco, as vítimas nos materiais apreendidos tinham entre cinco a oito anos e ainda não foram identificadas.
— O recado que eu deixo, como promotor de justiça, é que os pais sempre acompanhem as redes sociais das crianças e adolescentes para terem ciência daquilo que eles estão acessando na internet — finaliza.
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A pena prevista por armazenar conteúdo sexual de crianças e adolescentes é de um a quatro anos e a punição por distribuir esse material é de três a seis anos de prisão. A produção desse conteúdo tem uma pena prevista de quatro a oito anos de prisão.
Confira imagens da operação
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