Um brasileiro teria sido sequestrado por criminosos durante a onda de violência no Equador, que ocorre há pelo menos três dias e já provocou dez mortes e 70 prisões. Nesta terça-feira (9), a Embaixada do Brasil em Quito informou que monitora a situação.
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Natural de São Paulo, Thiago Allan Freitas, de 38 anos, mora há cerca de três anos no Equador. Ele vive em Guayaquil, uma cidade portuária de 2,7 milhões de habitantes. É lá um dos principais cenários de caos no país, pois é onde fica a prisão La Regional, onde o líder de facção Fito estava cumprindo uma pena de 34 anos e fugiu no domingo (7).
Em Guayaquil, Thiago é proprietário de uma churrascaria brasileira, a La Brasa, que começou com churrascos a domicílio, e hoje conta também com um restaurante em uma praça de alimentação local. Nas redes sociais da churrascaria, Thiago aparece em diversas publicações, exibindo cortes típicos do churrasco e usando uma camisa da Seleção. “Venha desfrutar de um pedacinho do Brasil em Guayaquil”, convida em um vídeo.
Filho faz apelo
O filho de Thiago, Gustavo, fez um apelo nas redes sociais na noite de terça, usando a conta da churrascaria, onde denunciou o sequestro. O jovem conta que o pai foi sequestrado na manhã de terça-feira, e que os criminosos pediam recompensa pela libertação. Aos seguidores do La Brasa, Gustavo pediu ajuda para arrecadar o dinheiro.
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— Ajudem-me com o que tiverem, qualquer valor é muito bem-vindo, que seja 1 dólar ou 2 dólares, porque precisamos de verdade — disse o jovem, chorando. — Estamos desesperados e não temos o que fazer. Já pagamos US$ 1,1 mil, mas estão pedindo US$ 3 mil. Recorro a vocês para que ajudem. Muito obrigado.
O Ministério das Relações Exteriores ainda não havia recebido confirmação oficial de autoridades equatorianas sobre o sequestro até a noite desta terça, mas afirmou que conduz uma apuração com a polícia e o governo local.
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