O ex-primeiro ministro do Japão Shinzo Abe, 67 anos, foi assassinado nesta sexta-feira (8) durante comício na cidade de Nara, Oeste do país. Abe foi premiê do país por quatro mandatos e o político a ficar mais tempo no cargo.
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Em setembro de 2020, deixou o governo por problemas de saúde após a piora do quadro de colite ulcerativa crônica. A doença já havia tirado o primeiro-ministro do poder em 2007 durante seu primeiro mandato.
Mesmo afastado do comando do governo japonês, ele seguiu com forte presença sobre o Partido Liberal Democrata (PLD), controlando uma de suas principais facções, de acordo com a IstoÉ Dinheiro. Quando foi assassinado, fazia campanha para a eleição da Câmara Alta, marcada para os próximos dias.
Abe foi considerado um símbolo de juventude na política do Japão e o premiê mais jovem a ocupar a posição em 2006, com 52 anos. Apesar disso, tinha a postura de um político de terceira geração. Com a influência do pai e avô, ambos presentes na vida pública japonesa, Shinzo Abe se preparou para liderar o governo.
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A “abenomics”, sua estratégia de recuperação econômica para o Japão, tornou o governante reconhecido internacionamente. A política mesclava flexibilização monetária, reformas estruturais e grande reativação do orçamento.
Avanços, como o aumento da taxa de empregos de mulheres e idosos, foram registrados durante sua liderança. O país também começou a adotar a imigração como forma de combate a escassez de mão de obra.
Além disso, foi uma das pessoas mais engajadas em tornar Tóquio a cidade-sede das Olimpíadas de 2020. No Rio de Janeiro, durante a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de 2016, Abe participou da apresentação em homenagem à capital japonesa.
Com informações do g1
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