Uma família de Blumenau transformou o quintal de casa em um grande pomar de frutas. E para ganhar uma renda extra, eles decidiram abrir as portas e receber visitantes. A proposta é simples: as pessoas entram, recebem um balde e uma tesoura. Cada um colhe o que e o quanto quer. Depois, pesa e paga pelo que vai levar para casa. É uma verdadeira viagem à casa da vovó, como antigamente.
Continua depois da publicidade
Receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp
Janete Kedrowski Dahlke conta que a família sempre foi apaixonada por frutas. Quando chegaram a Blumenau, vindo do Oeste do Estado, decidiram aproveitar o terreno grande para criar galinhas e então plantar milho para alimentar as penosas. Mas o trabalho era bastante desgastante para conciliar com a rotina profissional fora de casa. A essa altura, já tinha um pouco de frutas plantadas, mas só para consumo próprio.
Foi então que o marido sugeriu focar exclusivamente em palmeiras ou frutas. Janete diz que palmeiras tirariam o encanto do espaço e aí focou em laranjas e tangerinas. São vários tipos da fruta no pomar. Inicialmente, a venda era a terceiros, mas com a pandemia eles tiveram outra ideia. Com a recomendação por lazer em áreas abertas para evitar o contágio por Covid-19, eles abriram as portas à comunidade.
Primeiro fizeram uma página no Facebook e depois o negócio começou a ficar conhecido no boca a boca mesmo. De lá para cá, já são cinco anos do Pomar Apanhe e Pague. Janete é diarista e o marido, Aland Dahlke, técnico em teares. Os dois cuidam de tudo sozinhos após o expediente normal, sob o olhar atento das filhas. Como começaram o projeto do zero, o dinheiro que vem hoje da ação é para manter o espaço.
Continua depois da publicidade
— Tem que ter muita garra para dar conta, mas é gratificante receber as pessoas — diz a mulher.
Quem é o público
O público é geralmente formado por famílias que passam horas caminhando entre as plantações e curtindo os animais que vivem no pomar. Para muitas crianças, é o primeiro contato com as frutas ainda no pé. As dezenas de fotos compartilhadas nas redes sociais mostram que os baixinhos simplesmente se encantam em meio à natureza.
Como se trata de frutas sazonais, o local está aberto apenas na época de colheita, como ocorre agora. Na abertura da temporada 2025, no fim de semana passado, o local ficou lotado.
Veja fotos
Como funciona
O espaço fica na Rua Gustavo Zimmermann, 9.670, na Itoupava Central, e abre ao público aos fins de semana, das 8h às 12h e das 13h às 18h. Não é cobrada a entrada e cada família ganha um balde e uma tesoura. As pessoas podem provar as frutas antes de decidir se vão querer levar.
Continua depois da publicidade
Tem laranja bahia, laranja sanguínea, laranja abacaxi, tangerina comum, tangerina ponkan. Tudo sem agrotóxicos. E há, ainda, alface, salsinha, cebolinha. São R$ 5 o quilo.
— Ficaremos abertos enquanto houver frutas nos pés — brinca Janete.
Leia mais
Projeto de influenciador paulista dá cara nova ao lar de família em SC; veja fotos
Luan Pereira faz surpresa a fã de 6 anos em tratamento contra câncer em Blumenau
Cidade mais rica de SC se afasta dos gigantismos e quer recorde mundial por causa nobre