O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) se pronunciou, nesta segunda-feira (24), sobre a saída do Brasil após a condenação de 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Ramagem está em Miami, nos Estados Unidos, e teve a prisão preventiva decretada pelo Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

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Em um vídeo publicado nas redes sociais, Ramagem diz que precisou levar a família para os Estados Unidos “para a nossa proteção”, e que se Moraes pedir sua extradição, terá que “enviar para análise dos Estados Unidos”.

— […] Falam ainda que eu sou foragido. Primeiro que eu não vim para cá para me esconder, mas para trabalhar pelo Brasil como eu puder. Para ser um foragido você precisa de uma decisão judicial contra mim, que não tinha antes da minha chegada — disse.

Além disso, ele afirmou que continuará sua atuação na Câmara de Deputados mesmo estando fora do país.

No domingo (23), a esposa de Ramagem, Rebeca Ramagem, publicou um vídeo com as filhas do casal reencontrando o pai no aeroporto. No registro, a mulher disse que a família sobre perseguição.

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Veja o vídeo

Prisão decretada após saída do Brasil

Ramagem foi condenado a 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

No julgamento, os ministros entenderam que Ramagem usou a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para vigiar adversários políticos. Isso porque ele foi diretor do órgão gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, Ramagem ajudou Bolsonaro nos ataques ao sistema eleitoral, de acordo com os ministros.

Ramagem teria viajado de avião para Boa Vista, em Roraima, e ido até à fronteira de carro. De lá, ele seguiu para outro país. Agora, a Polícia Federal investiga se o político teria saído pela fronteira com a Venezuela ou com a Guiana com um carro alugado em Roraima, de acordo com a TV Globo.

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