*Artigo por Ricardo Dalbosco

Sim, eu sei que não é fácil estar no cargo como C-level, tornar a operação da empresa mais ágil, encontrar, manter e estimular os bons profissionais, treinar e desenvolver a geração seguinte dentro da organização e implementar ferramentas tecnológicas que auxiliem no crescimento do negócio. Com tantas responsabilidades, provavelmente você já deve ter se questionado se realmente precisa também estar presente nas redes sociais para fortalecer e criar autoridade moral para sua marca pessoal, ou se isso seria função apenas do marketing da marca empresarial.

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Se quiser mostrar a força e competência do seu trabalho, e ser referência não apenas no seu setor mas a outras lideranças, há alguns dados que precisa conhecer. Atualmente, 73% dos executivos utilizam o LinkedIn (maior rede social profissional no mundo comprada pela Microsoft em 2016) para fortalecer suas marcas pessoais e gerar negócios. Desde 2010, o número de CEOs presentes nessa rede aumentou 122%, segundo estudo feito pela Weber Shandwick, e concluiu que quanto mais eles engajam por meio das páginas das empresas, mais as companhias conseguem impulsionamento.

Além disso, a pesquisa verificou que quando o CEO aparece em vídeos corporativos, a influência na comunicação é bem maior. Por outro lado, o levantamento demonstra que apenas 28% dos CEOs mundiais participam de grupos de networking. Essas mudanças no mercado têm gerado reflexões e debates como, inclusive, será que um dos quesitos mais fortes nos próximos anos na avaliação da remuneração de um CEO será o poder do mesmo nas redes sociais levando uma legião de seguidores a serem compradores da marca?

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Apesar da tendência da presença de CEOs em redes sociais, grande parte ainda não contribuiu de forma agregadora em termos de produção de conteúdos que gerem valor ao público-alvo da companhia e da sua marca pessoal. Muitos, quando publicam, apenas abordam sobre produtos e serviços da empresa (o tal “empurrão” de vendas ao estilo da publicidade tradicional da década de 80 e 90), ou falando apenas das suas próprias, o que acaba por alimentar o próprio ego e busca curtidas por meio da métrica de vaidade que nada resolve.

Por outro lado, há diversos outros gestores e conselheiros que agem de modo estratégico recebendo convites bem atraentes, oportunidades na carreira e trazendo negócios à companhia em função da projeção da marca pessoal nas redes sociais, desde que feita de modo planejado e guiado, objetivando assim reduzir riscos, aumentar a chance de sucesso profissional e encurtar caminhos.

Tomar a atitude em começar sua jornada de fortalecimento de marca, por meio de estratégias de personal branding, tem o efeito de aumentar sua visibilidade nacional e global, começando inclusive a ganhar maior respeito, admiração e gerando autoridade moral no seu segmento. A partir daí, um mundo real de oportunidades se abrem, para a organização e em nível pessoal, beneficiando a própria carreira, a família e a companhia. Que tal?

*Ricardo Dalbosco fala ao na CBN Joinville todas as quintas-feiras no programa #CBN.