No início do século II, a civilização romana atingiu o seu auge após uma expansão territorial colossal.
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As legiões romanas haviam subjugado regiões vastas, incluindo Grécia, Egito, Hispânia, Gália, Britânia e Palestina, estendendo o império por mais de quatro milhões de quilômetros quadrados.
O domínio não era apenas militar, mas também cultural, transformando as terras conquistadas com estradas, aquedutos, templos e estátuas. Qualquer cidadão romano dessa época acreditava na glória eterna de Roma, imaginando que o império governaria aquelas regiões do mundo para sempre.
As forças romanas eram temidas, lutando de forma organizada e profissional, e os exércitos de povos germânicos ou civilizações antigas, como os egípcios, não eram páreo para elas.
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Com generais audaciosos e a ambição de poder no sangue romano, a expansão criou um dos maiores impérios da história.
O gigante que caiu
Paradoxalmente, o tamanho impressionante do Império Romano foi justamente um dos catalisadores de sua queda. Roma tornou-se como uma árvore que cresceu tanto que não conseguiu mais sustentar seu próprio peso.
A partir do século II, a estratégia de Roma mudou. Decidiu-se focar em controlar e vigiar as províncias e fronteiras existentes para impedir invasões e rebeliões, em vez de conquistar novas terras.
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O problema fundamental era que a conquista de novas terras sustentava a economia de Roma e, literalmente, colocava comida na mesa dos cidadãos.
Um recurso crucial dessas conquistas era o fornecimento de pessoas escravizadas.
Estudos indicam que o Império chegou a ter quase cinco milhões de escravizados, o que representava cerca de 10% de sua população total de 50 milhões. Destes, metade trabalhava no campo, sendo essencial para a produção de alimentos.
Com a interrupção da conquista de novos territórios a partir do século II, o fluxo de novos escravizados cessou.
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Além disso, com o tempo, as pessoas em territórios conquistados passaram a obter os mesmos direitos de cidadãos romanos, e não podiam mais ser escravizadas.
Fome, caos e o golpe final
Essa Crise do Escravismo (ou falta de mão de obra escravizada) criou uma “bola de neve”. As fazendas e plantações ficaram com cada vez menos trabalhadores, resultando em menos colheitas e, consequentemente, menos alimentos.
Chegou um ponto em que o Império não produzia mais comida suficiente para todos dentro de suas fronteiras.
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A partir do século III, a falta de alimentos gerou um aumento incessante no preço dos produtos, resultando em inflação e caos social.
Esta crise econômica sem precedentes impossibilitou o governo de manter a política do “Pão e Circo” (populismo) e de garantir a segurança das fronteiras.
A Queda do Império Romano começou internamente, por causa da falta de alimentos. Surgiram revoltas populares e lutas internas pelo poder. Quando o império estava mal nutrido e enfraquecido, sem forças para vigiar suas fronteiras, os povos germânicos aproveitaram a situação para saquear e aterrorizar as províncias.
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O império encolheu rumo à decadência total. O golpe definitivo veio em 476, quando Rômulo Augusto foi deposto pelo rei germânico Odoacro, deixando uma lição atemporal: nenhuma civilização, por mais poderosa que seja, consegue durar para sempre.
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