Pesquisadores da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, desenvolveram um modelo que utiliza inteligência artificial (IA) para prever a “idade cerebral” de uma pessoa, combinando duas medições: rigidez e volume do cérebro.

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À medida que envelhecemos ou desenvolvemos doenças neurodegenerativas como o Parkinson, nosso cérebro tende a encolher (redução de volume) e se tornar menos rígido (mais macio).

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Como a pesquisa mede a “idade cerebral” de uma pessoa

A pesquisa utiliza um tipo de exame que é a elastografia por ressonância magnética (ERM). O método é capaz de prever mudanças na rigidez cerebral através de uma vibração suave da cabeça de uma pessoa.

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Conforme o tecido cerebral responde a cada leve toque é possível montar um mapa da rigidez cerebral da pessoa. Quem tem Parkinson tende a ficar com o cérebro menos rígido. Isso acontece também com quem envelhece.

No estudo, os pesquisadores mostraram que medir a rigidez e o volume do cérebro resulta em previsões precisas da idade de uma pessoa.

Para Curtis Johnson, PhD, professor de engenharia biomédica na Universidade de Delaware e coautor sênior do estudo, o volume cerebral é uma medida comum usada por médicos para estudar o cérebro.

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— Mas algo tem que estar acontecendo para fazer um cérebro encolher. Algo está acontecendo na microescala que faz com que ele encolha — mudanças no tecido que também fazem com que a rigidez mude. E isso precede o que quer que aconteça quando o volume muda — disse Johnson.

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Análise da rigidez do cérebro pode ajudar a prever Doença de Parkinson

Ao analisar dados de 279 participantes, os pesquisadores descobriram que a combinação das medições de rigidez e volume cerebral permitiu prever com precisão a idade cronológica dos indivíduos. Isso sugere que essas medições podem fornecer uma visão mais completa da saúde e do envelhecimento do cérebro.

Essa abordagem pode ser especialmente útil para identificar mudanças estruturais no cérebro que indicam desvios do envelhecimento normal, auxiliando na detecção precoce de doenças neurodegenerativas como o Parkinson.

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