Entre os meses de janeiro e novembro deste ano, Santa Catarina registrou 48 casos de alopecia areata, doença diagnosticada em Gabriela Medvedovski, atriz que vive a Juquinha na novela Três Graças. A doença inflamatória provoca a queda de cabelo e é ocasionada por diversos fatores, como genética e questões autoimunes.
Continua depois da publicidade
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a alopecia areata causa queda de cabelo, que resulta em falhas circulares, podendo se estender também para os pelos do corpo. O impacto da doença pode variar, desde pacientes com poucas regiões afetadas, até casos raros de alopecia areata total, em que se perde todo o cabelo da cabeça; ou alopecia areata universal, na qual caem os pelos de todo o corpo.
A atriz Gabriela Medvedovski contou em entrevista ao jornal O Globo que ficou receosa em mudar a cor do cabelo e colocar produtos químicos para viver a personagem por conta da doença. Três Graças é a terceira novela da carreira de Gabriela Medvedovski, que começou em Malhação: Viva a Diferença, depois fez a série As Five e viveu Pilar em Nos Tempos do Imperador.
De acordo com o sistema Tabwin, do Ministério da Saúde, foram 48 casos de alopecia areata até o mês de novembro em Santa Catarina. Em todo o ano de 2024, foram registrados 85 casos, o que mostra uma tendência de queda, já que, a um mês de terminar o ano, os números estão próximos da metade. Entre 2021 e novembro de 2025, o Estado teve 315 casos da doença.
O maior número de casos foi no Vale do Itajaí, que teve 20 ocorrências da doença em 2025. Nos últimos cinco anos, a macroregião regional de saúde foi a que mais registrou casos, com exceção de 2022, em que o Planalto Norte e Nordeste teve mais casos. Confira a seguir:
Continua depois da publicidade
Perfil dos pacientes de alopecia areata
Dentro dos 315 casos registrados nos últimos cinco anos, a maior parte é de mulheres, equivalente a 70,2% do total. Foram 221 casos contra 94 em homens nesse mesmo período. Também houve um predomínio da doença em pacientes brancos (286), seguido de pardos (10), pretos (7), amarelos (7) e sem informação de raça/cor (5).
Já em relação a faixa etária, os pacientes de 20 a 29 anos concentram o maior número de casos no Estado nos últimos 5 anos (77 registros), seguidos de 50 a 59 anos (51), 30 a 39 anos (50) e 40 a 49 anos (45). Em todas as faixas etárias, o público feminino é predominante.
Sintomas e tratamento
O único sintoma da doença é a perda brusca de cabelos, com áreas arredondadas, únicas ou múltiplas, sem demais alterações. A pele no local é lisa e brilhante, e os pelos ao redor saem com facilidade se forem puxados. Quando renascem, os cabelos podem ser brancos e retornar para a cor normal.
Alguns pacientes poder ter outras doenças autoimunes, como vitiligo, problemas da tireoide e lúpus eritematoso. Dessa forma, é preciso fazer a reavaliação de exames de sangue. O principal dano é psicológico, além dos prejuízos para a qualidade de vida.
Continua depois da publicidade
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, atualmente há diversos tratamentos para a alopecia areata. Alguns deles envolvem medicamentos tópicos como minoxidil, corticoides e antralina, associados com tratamentos mais agressivos, como sensibilizantes (difenciprona) ou metotrexate.
Também é possível realizar o tratamento com corticóides injetáveis em áreas do couro cabeludo ou do corpo. Os tratamentos buscam controlar a doença, reduzir a queda de cabelo e evitar que novas falhas surjam, estimulando os folículos a produzirem cabelo novamente.







































