Um novo Informe Epidemiológico foi divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta quinta-feira (8) sobre a situação da dengue e da chikungunya em Santa Catarina. Desde o início do ano, já são sete óbitos por dengue e quatro óbitos por chikungunya.

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O boletim com dados até o dia 5 de maio mostra que foram identificados 36.899 focos do mosquito Aedes aegypti em 256 municípios. Dos 295 municípios catarinenses, 178 são considerados infestados pelo vetor.

Até o momento, foram notificados 66.200 de dengue e 20.858 são considerados casos prováveis. A última morte por dengue foi confirmada em Barra Velha, no dia 23 de abril. A vítima foi uma mulher de 38 anos. Além dos sete óbitos confirmados, outros nove óbitos estão sendo investigados pelas Secretarias Municipais de Saúde com apoio da SES.

Os casos prováveis incluem todos os casos notificados, confirmados, suspeitos e inconclusivos, exceto os descartados. “Essa metodologia permite uma análise mais precisa do cenário epidemiológico, corrigindo possíveis atrasos na conclusão das notificações”, informa o boletim.

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— Com a chegada do outono, os casos de dengue em Santa Catarina continuam a preocupar. Mesmo com a redução das temperaturas, que geralmente desacelera a reprodução do mosquito Aedes aegypti, o cenário revela a necessidade de prosseguir com as medidas preventivas para evitar um possível surto — afirma João Augusto Fuck, diretor da DIVE.

Chikungunya acumula casos

O Informe Epidemiológico também traz dados sobre a situação da chikungunya em Santa Catarina. Foram quatro óbitos nesse ano em Santa Catarina em decorrência da doença. O primeiro foi em Florianópolis, no dia 01 de janeiro, em um idoso de 83 anos.

Segundo a SES, os outros três casos ocorreram em Xanxerê, com mulheres: de 85 anos, no dia 17 de março; o outro com 80 anos, no dia 03 de abril; e o quarto com 76 anos, com óbito em 04 de abril.  

Foram notificados 1.784 casos de chikungunya no Estado, sendo que 777 foram considerados casos prováveis e 577 casos foram confirmados. Houve um aumento de 726,6% em relação ao ano passado, quando foram registrados 94 casos prováveis.

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A maioria dos casos foram em Xanxerê, que teve 467 casos confirmados. Em seguida, vem Itá (34), Campo Erê (31) e Águas de Chapecó (30).

Também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a doença apresenta sintomas febre alta, dores intensas nas articulações, dor muscular, dor de cabeça, cansaço extremo e manchas vermelhas na pele. Pode levar à internação e até ao óbito em casos mais graves, especialmente entre idosos e pessoas com comorbidades.

Ações para eliminar os criadouros do mosquito

  • Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
  • Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
  • Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
  • Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
  • Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
  • Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
  • Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.

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