Santa Catarina pretende abrir mais 63 leitos de UTI para tentar conter a lotação nos hospitais. Segundo o Painel de Leitos da Secretaria de Estado da Saúde (SES), na noite desta segunda-feira (22) a taxa de ocupação geral era de 97,38%. Na Grande Florianópolis, todas as unidades de internação estavam ocupadas.
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As vagas são para atendimento pediátrico, adulto e neonatal. Apesar do anúncio, de acordo com secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, ainda não é possível precisar uma data exata de quando todos os leitos estarão disponíveis. Isto porque em algumas unidades ainda é preciso finalizar alguns trâmites, como a contratação de profissionais.
— São 63 leitos que já têm os equipamentos, mas ainda precisa de pessoal para atuar. São 30 no Hospital Marieta, em Itajaí, 20 no Hospital Imigrantes, em Brusque, cinco no Hospital Ilha, e sete que precisamos abrir no Hospital Regional — explicou a titular da pasta durante entrevista ao Bom Dia SC.
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Ainda segundo a secretária, o Estado também trabalha com a previsão de obras para ampliação de hospitais. Porém, nesses casos, ainda é necessário a entrega de projetos para aprovação junto a Vigilância Sanitária.
— São várias frentes. Hospitais que já podem ativar, mas que estão dependendo dos contratos finais, temos hospitais que precisam contratar recursos humanos, além de obras que estamos acelerando, como mais 10 leitos para adultos no Hospital Regional e 20 no Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages. Também temos outras obras que já estão autorizadas pelo governador, como a ampliação do Hospital Infantil Joana de Gusmão, com leitos pediátricos e neonatais — afirmou.
Conforme os dados do Painel de Leitos, dos 1.185 leitos disponíveis, 1.154 estavam ocupados nesta segunda-feira. A situação mais crítica estava nas UTIs pediátricas, onde cinco regiões estavam com 100% de lotação e todo o Estado contava com apenas três vagas para atendimento de crianças.
Baixa taxa de vacinação também preocupa
Carmen ressalta, ainda, que a baixa taxa de vacinação contra a gripe também tem preocupado o governo estadual. Isto porque a falta de proteção das crianças e da população vulnerável tem levado à lotação de emergências em todo o Estado. Por conta disso, as secretarias municipais têm trabalhado para incentivar a imunização, principalmente com a chegada do inverno.
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— Estamos um pouco acima da média nacional [na taxa de vacinação], com 40%, mas ainda estamos com uma cobertura muito baixa para os estados do sul, já que temos um inverno mais rigoroso e as doenças respiratórias são mais intensas aqui — salientou.
Outro ponto que também é defendido pela secretária é a importância do retorno de programas como o Mais Médicos, que vão auxiliar no atendimento da população, além do fortalecimento das consultas pré-natal, demanda que teria ficado reprimida durante a pandemia da Covid-19.
— Precisamos desses atendimentos para que se possa monitorar as gestantes de alto risco de uma outra forma, para encaminhá-las para unidade uma que tenha uti neonatal [na hora do parto] para evitar a transferência do recém-nascido — frisou.
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