Santa Catarina registrou 8.849 partos de bebês prematuros entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados da Secretária de Estado da Saúde (SES). O número representa 10,7% do total de 82.355 nascidos vivos registrados no Estado durante o período.

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Em 2024, a taxa de partos prematuros registrada foi de 11% entre 93.788 nascidos vivos. A prematuridade é definida como o nascimento antes de 37 semanas de gestação e permanece, segundo a SES, entre os principais fatores relacionados à mortalidade neonatal e a possíveis impactos no desenvolvimento infantil.

Entre as principais causas da prematuridade estão intercorrências que acontecem durante a gravidez, como explica a médica pediatra Márcia de Menezes Bergamo.

— Patologias maternas que podem influenciar estão a pressão alta e a diabetes durante a gestação. Também algumas infecções que às vezes ocorrem durante a gestação, como infecção urinária, bastante comum, ou outras que as gestantes podem adquiri — diz.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, um a cada dez bebês nasce antes das 37 semanas, o que coloca o país entre os 10 com maior número de partos prematuros no mundo. Ainda conforme a pasta, todo ano são registrados em torno de 340 mil nascimentos prematuros no Brasil, o equivalente a seis casos a cada dez minutos. 

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Este foi o caso da catarinense Rosimara de Mattos, mãe das gêmeas Ana Rafaela e Maria Rafaela, que nasceram com 33 semanas de gestação. As bebês ficaram 20 dias internadas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

— Foi uma surpresa o dia, mas como fazia acompanhamento com o obstetra a gente sabia que podia vir antes. A gente estava meio que preparado, mas você nunca está de fato preparado, então foi um susto muito grande — contou Rosimara em entrevista à NSC TV.

Como prevenir um parto prematuro

Conforme a SES, o pré-natal adequado é a principal estratégia de prevenção do parto prematuro. Ele deve ser iniciado até a 12ª semana de gestação na Unidade Básica de Saúde (UBS), porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). O acompanhamento regular permite avaliação clínica precoce, realização de exames, elaboração de um plano de cuidados individualizado e identificação de fatores de risco que podem levar à interrupção prematura da gravidez.

“Em Santa Catarina, os profissionais de saúde são orientados a utilizar o Instrumento de Estratificação de Risco Obstétrico, que identifica gestantes com maior probabilidade de apresentar complicações durante a gestação e o puerpério, contribuindo para um acompanhamento mais seguro e resolutivo, disponível no site da SES/SC”, diz a pasta.

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Outros hábitos que podem prevenir o parto prematuro são manter um estilo de vida saudável, alimentação equilibrada, sono adequado e a não utilização de álcool, cigarro ou outras drogas.

Novembro Roxo

A campanha Novembro Roxo busca conscientizar a prevenção do parto prematuro no Brasil. O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) sancionou em agosto deste ano a lei nº 15.198/2025, que institui o dia 17 de novembro como o Dia da Prematuridade.