Santa Catarina tem 68,2% da malha rodoviária pavimentada considerada regular, ruim ou péssima. O dado faz parte da Pesquisa CNT de Rodovias 2022, divulgada nesta quarta-feira (9) pela Confederação Nacional de Transportes (CNT). É a pior posição entre os estados do Sul, já que o Paraná aparece com 62,5% e o Rio Grande do Sul, com 66%.
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O objetivo do levantamento, segundo a CNT, é avaliar a condição da malha viária para o desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros. Para isso, durante 30 dias, as equipes percorreram as cinco regiões do país, a fim de analisar 100% da malha rodoviária pavimentada federal e as principais rodovias estaduais.
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Em Santa Catarina, foram analisados 3.510 quilômetros de rodovias catarinenses, entre federais e estaduais. Desses, 43,4% foram consideradas regulares, 18,9% ruins e 5,9% péssimas. Já em relação a malha considerada ótima ou boa, o percentual é de 31,8%.
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O estudo também dividiu a classificação das rodovias em três fatores: pavimentação, sinalização e geometria da via. Cada grupo leva em conta características como curvas, condições da superfície, placas de sinalização e faixas, sendo classificadas em Ótimo, Bom, Regular, Ruim e Péssimo.
Em relação à pavimentação, 57,6% da extensão da malha rodoviária avaliada apresenta problemas, enquanto apenas 42,4% está em condição satisfatória, de acordo com a CNT. Ao classificar a sinalização, o estudo apontou que 6,3% da extensão está sema faixa central, enquanto 17,4% não tem faixas laterais.
Se levar em conta o critério de sinalização, 54,1% das rodovias da região é considerada regular, ruim ou péssima. Cerca de 54% dos trechos não tem acostamento, enquanto 22,5% das vias onde há curvas perigosas, não existe sinalização.
Ao todo, 18 pontos críticos foram identificados no Estado. Neste quesito, o Rio Grande do Sul lidera entre as unidades federativas do Sul, com 31 pontos, enquanto o Paraná tem três.
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Por fim, o estudo aponta que seriam necessários R$ 2,25 bilhões para a restauração e reconstrução das rodovias de Santa Catarina.
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Em nível federal, condição piorou
De acordo com a CNT, os dados apontam que a malha rodoviária brasileira piorou em 2022. Dos 110.333 quilômetros avaliados, 66% foram considerados regular, ruim ou péssimo — no ano passado, o percentual era de 61,8%.
Um dos destaques apresentado pelo estudo é a piora dos trechos federais e estaduais sob gestão pública. Desses, a classificação Ótimo e Bom caiu de 28,2% para 24,7%, em 2022. Sendo assim, mais de 65 mil quilômetros da malha rodoviária no país tem algum tipo de problema. A maior queda foi registrada na pavimentação das rodovias, onde 62,7% foram consideradas regular, ruim ou péssimo.
Ao menos 2.610 pontos são considerados críticos no país. Para as melhorias, a estimativa é de que sejam necessários cerca de R$ 72,26 milhões, segundo a CNT.
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