Santa Catarina registrou 12,3 mil internações por doenças relacionadas ao saneamento básico inadequado em 2024. O Estado foi o nono no ranking nacional, liderado por Minas Gerais (com 47,6 mil) e São Paulo (46,5 mil casos).
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Em todo o Brasil, foram registradas 344 mil internações por doenças causadas por problemas de condições de água, esgoto e insetos, como o mosquito da dengue. Os dados são do Instituto Trata Brasil e foram divulgados nesta semana.
SC foi uma das cinco unidades da federação que teve aumento no número de internações por doenças relacionadas ao saneamento básico no período analisado no estudo, entre 2008 e 2024. Segundo os pesquisadores, nesses casos, o número de doenças transmitidas por inseto, como é o caso da dengue, foi a principal razão para a alta.
Além do estado catarinense, que teve 861 internações a mais em 2024 do que em 2008, Minas Gerais (+15,8 mil), São Paulo (+12,3 mil), Distrito Federal (+7 mil) e Amapá (+296) também registraram alta. A maioria das internações envolve pacientes idosos ou crianças, o que sobrecarrega o Sistema Único de Saúde (SUS).
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Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) referentes a 2022, SC tem 89% de atendimento de distribuição de água e 29% com rede de esgoto – menos do que o indicador nacional, que é de 56%.
— Isso demonstra que precisamos avançar em relação, principalmente, a coleta e tratamento de esgoto em Santa Catarina, que é um estado em que ainda morre gente por conta de doenças associadas à falta de saneamento, e temos uma taxa elevada de internações — afirmou a diretora-presidente do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, em entrevista à NSC TV.
Em fevereiro deste ano, o colunista da NSC, Renato Igor, mostrou que um levantamento da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (Aris) apontou a existência de planos municipais de saneamento desatualizados em 109 das 210 cidades monitoradas pelo órgão público. Um programa para apoiar a revisão desses planejamentos foi elaborado para auxiliar o trabalho em municípios com menos de 20 mil habitantes.
O desafio do saneamento em SC
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