Santa Catarina teve 1.990 acidentes com animais peçonhentos em 2025, de acordo com um levantamento do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), responsável pelo registro e acompanhamento dos casos no Estado. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram 1.919 ocorrências, há um aumento de 71 acidentes.

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As aranhas são os animais que mais causaram acidentes em 2025: 1.110, o que corresponde a 55% do total. Depois, vêm acidentes com lagartas (252), serpentes (226) e escorpiões (188).

Em relação ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de casos envolvendo escorpiões, serpentes, abelhas, vespas e formigas. Por outro lado, houve uma diminuição nos incidentes com aranhas e animais aquáticos.

A gerente do CIATox/SC, Danielle Bibas Legat Albino, diz que há um aumento de acidentes ano a ano. Nas estações mais quentes do ano, primavera e verão, esses animais têm mais oferta de alimento, aumentam o seu metabolismo e se deslocam mais, saindo de seus abrigos com mais frequência. Este também é o período reprodutivo de várias espécies.

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— Além disso, nos períodos que antecedem longas chuvas e mesmo após seu término, aumentam a frequência de acidentes com animais peçonhentos, pois eles buscam locais secos para se abrigar — diz Danielle.

Veja a quantidade de acidentes em 2025

  • Aranhas: 1.110 ocorrências (19 a menos do que em 2024)
  • Lagartas: 252 ocorrências (10 a mais do que em 2024)
  • Serpentes: 226 ocorrências (19 a mais do que em 2024)
  • Escorpiões: 188 ocorrências (21 a mais do que em 2024)
  • Abelhas, vespas e formigas: 105 ocorrências (25 a mais do que em 2024)
  • Animais aquáticos: 35 ocorrências (4 a menos do que em 2024)
  • Anfíbios: 5 ocorrências (2 a mais do que em 2024)
  • Outros animais peçonhentos/venenosos: 69 ocorrências (17 a mais do que em 2024).

Aumento de capturas

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), houve um aumento de captura e ataques de animais peçonhentos em Santa Catarina nos primeiros meses do ano, devido ao calor. Durante o período, as espécies saem com mais frequência dos seus esconderijos, o que aumenta as chances de acidentes. 

— As serpentes são as mais frequentes nas ocorrências, algumas vezes causando acidentes de interesse médico, com intoxicações, algumas vezes apenas com lacerações, mas é mais comum apenas o avistamento desses animais e o acionamento para que o Corpo de Bombeiros Militar faça a remoção e encaminhamento para um local seguro para todos. Neste sentido, orientamos que as pessoas se protejam e evitem criar condições para a proliferação desses animais — afirma a corporação. 

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Veja as fotos de capturas de cobras

Como evitar acidentes

  • Usar botas de cano alto ou botinas com perneiras ao circular por áreas de vegetação densa, como matas, campos e praias;
  • Evitar colocar as mãos em buracos, pilhas de folhas secas ou entulhos, pois podem servir de esconderijo para esses animais;
  • Manter o quintal limpo, eliminando acúmulo de lixo, entulhos e lenha, que podem atrair roedores e, consequentemente, serpentes;
  • Estar atento ao fazer trilhas ou trabalhar em áreas abertas com vegetação alta.

O que fazer em caso de acidente 

  • Lavar o local da picada com água e sabão;
  • Evitar movimentação excessiva para não espalhar o veneno pelo corpo;
  • Remover anéis, pulseiras ou outros itens que possam dificultar a circulação em caso de inchaço;
  • Não fazer torniquete, cortes ou aplicar substâncias no local da picada;
  • Acionar imediatamente o serviço de emergência pelos telefones 193 ou 192;
  • Acionar o CIATox, através do telefone 0800 643 5252;
  • Se possível, tirar uma foto do animal para facilitar a identificação e o tratamento adequado.

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