A fuga de 76 integrantes de uma facção criminosa brasileira em uma unidade prisional paraguaia, e de outros 26 detentos também associados ao grupo em uma penitenciária do Acre, em menos de 24h, entre a madrugada de domingo (19) e a de segunda-feira (20), acende um alerta às autoridades de segurança pública de Santa Catarina, onde também estão presos alguns membros da associação.

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Além disso, ao menos seis fugitivos têm ligação com traficante Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, mais conhecido como Minotauro, que foi preso em um apartamento de luxo de Balneário Camboriú (SC), em fevereiro de 2019. Ele é considerado pelas autoridades policiais como um dos chefes do tráfico na região de fronteira e comandava o narcotráfico até ser capturado.

Atentos aos fatos dos últimos dias, os representantes das entidades de segurança pública de SC ainda não expressaram preocupação, porém já disseram monitorar a situação.

Presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública de SC, o delegado Paulo Koerich não deu detalhes sobre como se organiza a segurança em relação aos episódios ocorridos fora de Santa Catarina, mas diz que podem repercutir no Estado, contudo, afirma que existe uma apuração por parte da Polícia Civil:

— Estamos em constante troca de informações com as polícias do Brasil e de outras agências. A Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) está acompanhando.

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Veja: Parte dos foragidos no Paraguai tem ligação com megatraficante brasileiro preso em SC

Em relação às unidades prisionais, o Departamento de Administração Prisional (Deap-SC) afirmou, via da assessoria de imprensa, que o sistema segue dentro da normalidade com todos os procedimentos de segurança sendo realizados normalmente.

Da mesma forma, o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Prisional (GMF) do Tribunal de Justiça de SC, que tem entre suas atribuições fiscalizar e monitorar o sistema prisional, afirmou que não há informações ou dados, até o momento, sobre alguma articulação criminosa nas penitenciárias do Estado.

O coordenador do GMF, desembargador Leopoldo Augusto Brüggemann disse que acompanha os fatos e que está está atento.

Fugas

Na madrugada do último domingo (19), 76 presos fugiram por um túnel da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. O estabelecimento prisional fica na fronteira com a cidade brasileira de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Entre os brasileiros e os paraguaios que escaparam, todos são associados à uma facção criminosa brasileira.

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Depois de 24h, mais 26 detentos fugiram, mas essa vez, do Complexo Penitenciário Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco, no Acre. Foi na madrugada da segunda-feira (20). Desses, seis foram recapturados. A Secretaria de Segurança do Acre não descarta as fugas em massa.

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