Imagine que você está no sofá da sala, assistindo televisão, num momento de total relaxamento. De repente, o seu coração dispara, a sua respiração fica ofegante e uma dor aperta o seu peito.

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Essa é a sensação de quem sofre uma taquicardia, um dos tipos mais comuns de arritmia. Mas há casos em que os batimentos cardíacos ficam descompassados ou até mais lentos do que o ideal.

Para explicar melhor como reconhecer cada tipo de arritmia, a Reportagem conversou com o cardiologista José Carlos Pachón, diretor do Serviço de Eletrofisiologia, Marcapasso e Arritmias do HCor.

Sintomas associados à arritmia

Diferente da taquicardia, a arritmia extrassistólica provoca uma sensação de falha no pulso ou uma espécie de “tropeço” no batimento cardíaco.

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“Ou então o paciente sente um ritmo descompassado, com batimentos irregulares e sem uma cadência fixa”, explica Pachón. “Isso é muito comum na fibrilação atrial e pode durar por minutos, horas, dias ou até ser permanente na vida do paciente”, completa.

Além disso, é possível experienciar a chamada bradiarritmia. “O coração fica lento, há uma sensação de fraqueza, tontura, cansaço e até mesmo desmaio”, afirma o médico.

Independentemente do ritmo do coração, se os sintomas que acompanham a arritmia forem intensos, é necessário procurar um pronto-socorro. 

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Curiosidades sobre a arritmia

Segundo Pachón, a duração da arritmia depende da origem do transtorno. Em quadros mais graves, elas chegam a durar a vida inteira.

Mas ainda há aqueles casos em que o primeiro sinal de arritmia é a morte súbita do coração, resultado de doenças silenciosas e não tratadas.

Por isso, é muito importante fazer uma avaliação cardiológica, caso haja histórico familiar de doenças do coração ou se os sintomas mencionados surgirem sem causa aparente.

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Arritmia benigna

Segundo o representante da Diretoria de Arritmias do HCor, a gravidade da arritmia cardíaca não é necessariamente classificada pelos sintomas. 

“Existem arritmias com alto risco de vida que podem não apresentar sintomas, ao passo que há arritmias que provocam sintomas intensos e não têm nenhum risco para o paciente”, explica.

De um modo geral, a arritmia benigna tem baixo risco de vida e costuma ocorrer em corações saudáveis. É o caso das extrassístoles (aquelas que provocam pequenos tropeços). 

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“Entretanto, quando as extrassístoles, mesmo benignas, são muito frequentes, elas podem ocasionar desconforto constante e até mesmo levar à insuficiência cardíaca. Nesses casos, elas devem ser tratadas de forma definitiva”, conta José Carlos Pachón.

Arritmia maligna

Já a arritmia maligna pode provocar quadros graves, como Acidente Vascular Cerebral (AVC), edema cardiovascular e até mesmo a morte súbita do coração.

“Elas geralmente ocorrem em corações que já têm uma doença, como chagas, um infarto do miocárdio prévio ou uma insuficiência cardíaca. Então, é necessário que façamos sempre uma avaliação cardiológica cuidadosa para ter certeza de qual é o tipo de arritmia”, finaliza Pachón.

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Por Vitoria Estrela

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