Sinais de carne: o que são e por que você nunca deve tentar tirar sozinho

Acrocórdons, popularmente chamados de “sinais de carne”, são pequenas bolinhas comuns na pele. Elas têm um formato pendular e, às vezes, podem ter uma cor um pouco mais escura que a pele ao redor. É bastante comum que surjam em regiões como pescoço, axilas, virilha e logo abaixo dos seios.

Embora sejam supercomuns, muitas pessoas desconhecem o nome correto dessas lesões. Contrário à crença popular, acrocórdons não são um tipo de verruga causado pelo papiloma vírus humano (HPV).

Eles não resultam de infecções por vírus, bactérias ou fungos. Sua composição é semelhante à da pele normal, incluindo epiderme, tecido conjuntivo, vasos e, ocasionalmente, tecido adiposo.

Quem possui essas lesões geralmente não sente dor ou coceira; são assintomáticos e não causam dano à saúde. Eles não se transformam em câncer. Contudo, o aparecimento deles pode, por vezes, indicar outros problemas de saúde, como resistência à insulina.

Clique e participe do canal do Hora no WhatsApp

Por que os acrocórdons aparecem?

O surgimento dessas lesões cutâneas ocorre naturalmente com a idade, sendo mais frequente a partir dos 40 anos. Existe também um fator genético importante, pois há famílias que os apresentam com maior frequência entre seus membros, sugerindo uma predisposição hereditária.

Outro fator fortemente relacionado ao aparecimento de acrocórdons é o estado de saúde geral, especialmente a presença de sobrepeso, obesidade e diabetes tipo 2. Pessoas com muitos acrocórdons precisam prestar atenção e verificar seus níveis de insulina, pois eles podem indicar resistência. Nas mulheres, a gestação é outro período comum para o aparecimento, devido à ação de hormônios que estimulam o crescimento epidérmico.

Siga as notícias do Hora no Google Notícias

Devo remover os acrocórdons?

Não é estritamente necessário remover os acrocórdons do ponto de vista da saúde, visto que não oferecem risco e, em alguns casos, podem sumir espontaneamente. No entanto, vale a pena eliminá-los quando se tornam fonte de incômodo para a pessoa. Esse incômodo pode ser de natureza estética, pela aparência, ou física, causando coceira na região afetada.

Algumas pessoas acabam se ferindo com frequência por causa dos acrocórdons. Um exemplo comum é o de mulheres que têm acrocórdons nas axilas e se machucam durante a depilação com lâmina. Nesses casos, a remoção é uma opção viável para aliviar o desconforto diário e evitar essas pequenas lesões recorrentes na pele.

Como remover acrocórdons com segurança?

Por serem lesões muito superficiais na pele, a remoção é geralmente um procedimento simples. A técnica mais comum utilizada é o “shaving”, onde as lesões são retiradas cuidadosamente com uma lâmina bem delicada. Às vezes, utiliza-se anestesia local ou um creme anestésico para garantir o conforto do paciente durante o procedimento.

Além do “shaving”, outras técnicas eficazes podem ser empregadas para destruir a lesão, como a radiofrequência, que usa um bisturi elétrico, o uso de laser, ou a crioterapia, que submete a área afetada a frio intenso. É fundamental ressaltar que, independente do método escolhido, o procedimento deve ser sempre realizado por um profissional médico especializado. Um dermatologista ou um cirurgião plástico são os especialistas indicados para realizar a remoção de forma segura e adequada. Mesmo não sendo complexo, é um procedimento considerado invasivo.

Riscos de tentar remover em casa

Jamais tente remover acrocórdons por conta própria em casa, pois isso é muito perigoso e totalmente desaconselhado. Utilizar receitas caseiras como aplicar óleos, sumos ou seiva de plantas na lesão não é uma boa ideia e pode trazer complicações. O mesmo alerta vale para o uso de remédios vendidos para tratar verrugas, pois eles não são apropriados para acrocórdons.

Tentar remover a lesão utilizando lâminas, fios ou qualquer outro objeto cortante ou amarrando é extremamente arriscado e prejudicial. Ao recorrer a essas soluções caseiras ou improvisadas, você corre sérios perigos de causar irritação intensa e dano no local da pele tratada. Outros riscos graves incluem queimaduras, o desenvolvimento de infecções na área manipulada e a formação de cicatrizes permanentes.

Leia também

Cientistas revelam lanche que pode reduzir o risco de câncer de cólon

Cientistas descobrem alimento capaz de regenerar neurônios e fortalecer a memória