Ralf Junior Dombek Manke foi indiciado por matar os corretores Deyvid Luiz Leite e Thiago Adolfo, em Balneário Piçarras. O crime aconteceu em 1º de julho e, segundo investigação, teria sido motivado por uma dívida de R$ 25 mil. O inquérito policial foi concluído nesta segunda-feira (25), segundo a delegada responsável pelo caso, Beatriz Ribas.
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O suspeito foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas. Ao g1, a defesa confirmou que ele segue preso preventivamente. O advogado Rodolfo Warmeling ainda afirmou que, com o início do processo judicial, terá a oportunidade de se manifestar formalmente pela primeira vez e apresentará novas provas que reforçam a versão de Ralf.
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Como crime aconteceu
Ralf Junior Dombek Manke era proprietário de uma imobiliária e sócio de um dos dois corretores mortos, Deyvid Luiz Leite. O outro homem que foi morto a tiros era Thiago Adolfo, que era corretor em outra imobiliária. Ralf estava negociando a venda de um negócio para eles.
Segundo informações do g1, Ralf informou em depoimento para a polícia que a dívida que ele negociava com as vítimas era de R$ 25 mil e que foi agredido por eles durante a reunião. Além disso, o suspeito se reuniu com as vítimas para tratar do atraso de três parcelas.
— Ele teria se desentendido e, acreditando que os dois indivíduos que estavam ali na sala dele pudessem estar armados, porque estavam de jaqueta, ele teria desferido os disparos contra os dois. Ele alega legítima defesa e isso vai ser questionado, até porque não tinha outra arma na cena do crime, além da arma do autor — comentou a delegada.
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Ainda conforme a delegada, o suspeito saiu do local e foi para um posto de gasolina, onde a Polícia Militar o encontrou. Ele estava com marcas de sangue e admitiu ter feito os disparos.
O suspeito ainda alegou ser colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC), portanto, ter autorização para portar uma arma. Entretanto, esta versão ainda será confirmada.
Confira a íntegra da nota da defesa
“A Defesa de Ralf Manke, ciente da conclusão das investigações policiais e do consequente indiciamento do investigado, reitera seu compromisso com a Justiça, ressaltando que não poupou esforços para contribuir com a elucidação dos fatos no curso do inquérito.
O encerramento da fase investigativa marca o término da etapa pré-processual, com o devido encaminhamento dos autos ao Ministério Público para a formação da opinio delicti.
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O resultado das investigações apenas confirmou aquilo que a Defesa de Ralf Manke já antecipava, não havendo qualquer surpresa em relação aos elementos colhidos.
Com o início da persecução penal, momento em que a Defesa terá a oportunidade de se manifestar formalmente pela primeira vez, serão aportados novos elementos probatórios, todos aptos a corroborar e fortalecer a tese defensiva.
Reiteramos, por fim, nossa confiança no papel do Poder Judiciário e reafirmamos, mais uma vez, nosso compromisso inabalável com a Justiça.”
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