Em tempos em que um visitante interestelar gera tantos debates e teorias, nunca é demais lembrar que a tecnologia humana já foi capaz de detectar alguns sinais vindos de fora do Sistema Solar. Um dos equipamentos que nos presenteia com esses detalhes de tão longe no espaço é a Sonda Voyager 1, da NASA.
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Objeto humano mais distante no espaço, a Voyager 1 já captou, mais de uma vez, alguns sons que tem origem fora do nosso Sistema Solar. A captura mais recente ocorreu em 2021, quando a sonda detectou um ruído constante, que vinha de algum lugar do espaço interestelar.
Antes disso, porém, a Voyager 1 já havia registrado outros sons parecidos. Entre 2014 e 2020, por exemplo, a sonda também enviou alguns dados, com frequências captadas fora do Sistema Solar e que foram “traduzidos” para sons por programas de computadores usados pelos cientistas.
O som no vácuo do espaço
Uma verdade conhecida é que, fisicamente, é impossível o som se propagar no vácuo absoluto. Esse fato levanta um questionamento clássico: como se pode detectar sons e ruídos no espaço? A explicação talvez quebre uma teoria muitas vezes mal interpretada.
O espaço sideral, ao contrário do que muitos dizem, não é um vácuo absoluto, inclusive fora do nosso Sistema Solar. Radiação, circulação de partículas e outros movimentos naturais são algumas evidências que quebram a teoria do vácuo absoluto.
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E é através dessas movimentações que se torna possível detectar sons. Mas é importante reforçar que não são um som tradicional, como conhecemos aqui na Terra, e nem são naturalmente perceptíveis ao ouvido humano.
O que se capta são frequências, semelhantes a ondas de rádio, que são adaptados e traduzidos por programas de computadores para que o ouvido humano possa identificar.
O Mistérios do Espaço, canal no Youtube que explica alguns assuntos relacionados ao mundo da astronomia, explica esse detalhe e também revela os sons do cosmos – especialmente o que foi captado pela sonda da NASA, Voyager 1, fora do nosso Sistema Solar.
Sonda da NASA mais distante no espaço
A Voyager 1 é a sonda da NASA e o objeto humano mais distante no espaço. Lançada em 1977, o equipamento já saiu da Heliosfera, uma espécie de “bolha” que estabelece os limites do nosso Sistema Solar.
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A sonda, que viaja a 17 km/s, ou 61.0000 km/h, está prestes a atingir uma marca impressionante: atingir uma distância de um dia-luz da Terra. Há 48 anos vagando no espaço, está há mais de 25 bilhões de quilômetros do nosso planeta.
Cientistas, porém, ainda não entraram em um consenso de que ela já deixou o nosso Sistema Solar. Apesar de ter “furado”a Heliosfera em 2012, a Voyager 1 ainda está em uma região que sofre influência do nosso Sol.
Voyager 1 foi ressuscitada
O nosso objeto mais antigo em órbita e mais distante no espaço já foi milagrosamente recuperado, mesmo estando há bilhões de quilômetros de distância. Em 2023, a sonda enviou dados sem sentido, causados por um chip de memória corrompido, que foi consertado a partir de comandos enviados da Terra.
A sonda voltou a funcionar normalmente em meados de 2024, após as intervenções de técnicos da NASA. Desde então, segue enviando dados do “ruído interestelar”, semelhantes aos que ouvimos no vídeo.
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