Depois de uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal abrirá um inquérito para investigar frente do crime organizado do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (5) pelo ministro Alexandre de Moraes na abertura de uma audiência pública sobre segurança no estado. As informações são do g1.
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As frentes investigadas tem relação com esquemas de lavagem de dinheiro de facções e milícias e infiltração de organizações criminosas no poder público. O objetivo principal da investigação será atingir a estrutura financeira das facções criminosas, para que a violência reduza em áreas dominados por esses grupos.
Moraes também afirmou que pediu imagens das operações recentes do Rio de Janeiro, incluindo a megaoperação que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais. A análise das imagens será feita para verificar se houve uso excessivo de força policial
Para o ministro, um problema, considerado central, é a falta de autonomia da perícia oficial do Rio, já que a Polícia Técnico-Científica é subordinada à Polícia Civil. Para ele, isso compromete a independência das investigações.
— O Estado deve entrar para ficar. Não há segurança pública duradoura sem ocupar e devolver esses espaços à população — afirmou o ministro.
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Megaoperação no RJ
A Polícia Civil divulgou, nesta segunda-feira (3), o perfil de 115 dos 121 mortos na megaoperação do Rio de Janeiro, que ocorreu na última semana contra uma facção criminosa. A lista conta com dois menores de 18 anos e 17 pessoas que não tinham registros policiais. Entre os mortos, segundo a Polícia Civil, também há um homem, de 28 anos, natural do Pará, mas com histórico criminal em Santa Catarina.
Segundo o documento, dos 115 nomes divulgados, 99 apresentavam histórico criminal e 12 apresentaram indícios de participação no tráfico nas redes sociais. Ainda conforme a Polícia Civil, 62 mortos são de outros estados: 19 do Pará, 9 do Amazonas, 12 da Bahia, 4 do Ceará, 2 da Paraíba, 1 do Maranhão, 9 de Goiás, 1 do Mato Grosso, 3 do Espírito Santo, 1 de São Paulo e 1 do Distrito Federal.









