Um superfungo resistente aos medicamentos e com alta taxa de transmissão. Esse é o Candida auris, o qual representa uma crescente preocupação para a saúde pública global. Identificado pela primeira vez em 2009 no Japão, o Candida auris já foi detectado em diversos países, incluindo o Brasil, onde os casos acendem alerta nas autoridades de saúde. Confira a seguir os riscos que ele representa para a saúde pública e como a transmissão pode ser controlada.

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Saiba mais o Superfungo Candida Auris

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Os riscos à saúde pública do Candida auris

O Candida auris é particularmente perigoso devido à sua alta resistência a medicamentos. Estima-se que a maioria das infecções sejam resistentes a pelo menos um tipo de antifúngico. Ainda há outras infecções do fungo que podem ser resistentes a dois ou mais. Além disso, o fungo pode sobreviver por longos períodos em superfícies, resistindo a desinfetantes comuns, o que facilita sua disseminação em ambientes hospitalares.

Outro desafio controle do Candida auris é a identificação, realizada por meio de testes laboratoriais específicos, que nem sempre estão disponíveis em todos os locais de atendimento de saúde pública. Pode ser ainda confundido com outras espécies de Candida, atrasando diagnóstico e o tratamento adequado.

Sintomas do Candida auris

Na maioria dos casos, os sintomas do fungo são difíceis de serem identificados pois são semelhantes a outras infecções fúngicas ou bacterianas comuns, especialmente as que são desenvolvidas em ambientes hospitalares. Confira os sintomas associados ao Candida auris:

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  • Febre persistente;
  • Infecções de feridas cirúrgicas, no ouvido ou até mesmo urinárias;
  • Dor generalizada no corpo;
  • Infecções da corrente sanguínea (candidemia).

Como é a transmissão do Candida auris?

A colonização do Candida Auris no corpo humano pode acontecer sem necessariamente causar sintomas imediatos. Por isso, a presença em ambientes hospitalares, por exemplo, acende um alerta já que pacientes em tratamento para outras condições podem desenvolver infecções graves. A principal transmissão ocorre em hospitais, por meio de equipamentos médicos e contato com superfícies contaminadas.

Controle e prevenção do Superfungo

Para controlar a disseminação do Candida auris, medidas rigorosas de higiene e protocolos de controle de infecção são essenciais. Semelhantes, por exemplo, aos da pandemia de Covid-19. Isolamento de pacientes infectados, uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs) e desinfecção frequente de superfícies são as práticas recomendadas pelas autoridades de saúde.

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Embora a maioria dos casos tenha sido registrada em pacientes hospitalizados, a vigilância contínua é crucial para evitar surtos em larga escala. Dessa forma, profissionais da saúde e pesquisadores buscam novas formas de diagnóstico mais rápido, principalmente para controlar a disseminação, além de tratamentos mais eficazes para combater o superfungo resistente.

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