A Suprema Corte de Justiça da Argentina determinou a prisão da ex-presidente Cristina Kirchner nesta terça-feira (10). A determinação ocorre após os juízes rejeitarem um recurso que tentava anular a condenação a seis anos de prisão por corrupção. Com a decisão, Cristina pode ser detida a qualquer momento. As informações são do g1.

Continua depois da publicidade

Kirchner foi condenada por favorecer o dono de uma empreiteira da província de Santa Cruz — onde os Kirchner iniciaram a carreira política. O empresário venceu 51 licitações para obras públicas.

Ela foi acusada de chefiar uma organização criminosa e de conduzir uma administração fraudulenta entre 2003 e 2015, período que inclui o governo de Néstor Kirchner e os dois mandatos da própria Cristina. Segundo a acusação, o esquema teria causado um prejuízo de US$ 1 bilhão aos cofres públicos.

Cristina negou as acusações e disse que o tribunal já tinha a sentença pronta desde o início do processo. Na época, afirmou que a Justiça agia como um “pelotão de fuzilamento”.

Quem é Cristina Kirchner

Cristina Kirchner governou a Argentina por dois mandatos, entre 2007 e 2015. Mais tarde, foi vice-presidente durante o governo de Alberto Fernández, de 2019 a 2023.

Continua depois da publicidade

Na semana passada, Cristina havia anunciado a intenção de disputar as eleições legislativas de setembro, tentando uma vaga como deputada pela província de Buenos Aires. Com a rejeição do recurso, ela é considerada inelegível e não poderá concorrer.

Diante da possibilidade de prisão, a ex-presidente convocou apoiadores a se mobilizarem e irem às ruas contra a decisão. Segundo o jornal Clarín, há bloqueios em rodovias que dão acesso à cidade de Buenos Aires.

Leia também

Negação de golpe, desculpas e piada com Moraes: o que disse Bolsonaro em interrogatório no STF