O surfista Figue Diel, 47 anos, da Praia Brava, em Itajaí, foi convocado para o Campeonato Mundial de Surfe Adaptado que ocorre em Pismo Beach, Califórnia, nos Estados Unidos. O atleta tem deficiência visual e vai disputar a categoria entre os dias 6 e 11 de dezembro.
Continua depois da publicidade
> Acesse para receber as notícias do Santa por WhatsApp
Essa será a quinta vez que Figue, que foi vice-campeão em 2020, disputa o Mundial. Em 2020, a competição registrou recorde de participação, com mais de 20 países representados.
No campeonato, os surfistas são reunidos nas categorias de acordo com as deficiências. Figue representa o Brasil entre os que têm deficiência visual total. São avaliadas tanto as manobras como a força, a flexibilidade, o equilíbrio e a coordenação dos atletas.
O campeonato funciona no esquema de equipes. Os surfistas competem em categorias individuais e somam pontos para o país representante. A federação com maior total de pontos de cada atleta conquista a primeira colocação na competição.
Continua depois da publicidade
O atleta Figue Diel
Figue é natural de Torres, no Rio Grande do Sul, onde começou a surfar. Os planos foram interrompidos por um acidente de trânsito aos 16 anos, em que ele ficou cego.
Apesar da deficiência, o atleta continou com os esportes, e hoje é professor de ioga, faixa preta em jiu-jitsu e escalador de rochas, considerado o primeiro deficiente visual a escalar no Yosemite National Park, na Califórnia.
Junto com o pai, João Nirto Diel, reativou a escola de cães-guia Helen Keller, em Balneário Camboriú, para proporcionar a outros cegos a oportunidade de ter esse suporte.
O atleta tem participado do Mundial de Surfe Adaptado desde 2016, e conquistou três vezes o vice-campeonato. Atualmente é considerado o terceiro melhor surfista do mundo na categoria.
Continua depois da publicidade
Leia também
Surfe em Florianópolis: Praia Mole vai receber etapa do WQS em novembro
Água-viva gigante é encontrada em Itajaí, veja fotos
Senado vai discutir leilão do Porto de Itajaí e fim da autoridade municipal
Falta de estrutura do Aeroporto de Blumenau atrapalha serviços de saúde e aviação executiva