A Justiça de Santa Catarina manteve a decisão de levar a júri popular o acusado de feminicídio que matou Samantha do Valle, uma mulher transgênero de 20 anos. O crime aconteceu em fevereiro de 2020 em um motel no bairro Campeche, no Sul de Florianópolis. O suspeito foi preso em flagrante. O júri ainda não tem uma data confirmada para acontecer.
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O suposto autor do crime pediu uma série de mudanças nas acusações, que não foram acatadas pela Justiça. A denúncia do Ministério Público mostra que a vítima foi convidada pelo acusado para ir a um motel. Depois do sexo, Samantha acabou asfixiada até a morte.
A investigação indica que a vítima se prostituía e o suspeito era seu cliente assíduo. Ainda segundo o MP, o acusado “apresentava menosprezo e discriminação em relação à condição dela de mulher transgênero e à atividade de prostituição por ela exercida”.
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Na ocasião do crime, o homem tentou esconder o cadáver e o colocou no porta-malas do carro. A polícia, porém, chegou antes de o suspeito sair do motel e decretou a prisão em flagrante. O acusado segue preso preventivamente.
Feminicídio
O réu queria que o crime não fosse considerado feminicídio por a vítima ser do sexo masculino. A Justiça negou o pedido, já que Samantha era reconhecida socialimente e se sentia como uma mulher.
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Na época do crime, o relatório da Polícia Militar dizia que “a vítima, um homem de 20 anos, foi encontrada já sem vida no porta-malas”. A família de Samantha entrou com um recurso na justiça para que o documento que atestou a morte fosse modificado.
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