O homem que assassinou Guylherme Wilson Costa, de 37 anos, após uma discussão motivada por um banco em um campo de futebol na Linha Gregório, interior de Cordilheira Alta, estava foragido da Justiça há quase 20 anos.
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O homicídio de Guylherme foi em 9 de novembro de 2025, durante uma confraternização no campo de futebol. Conforme apurado, a vítima se desentendeu com uma criança presente no evento, acompanhada de seu avô. O idoso, em estado de embriaguez, se alterou e deixou o local, retornando em seguida acompanhado do pai da criança. Ele chamou Guylherme para o campo e efetuou diversos disparos de arma de fogo, atingindo o tórax e a cabeça da vítima.
Dias após o crime, a Polícia Civil localizou o suspeito, que confessou o homicídio e indicou a localização do revólver calibre .38 SPL e duas munições do mesmo calibre. Na ocasião, por não se tratar de flagrante, ele foi liberado.
Durante a investigação, surgiram dúvidas sobre a identidade apresentada pelo homem. Um exame pericial de identificação criminal, com coleta de impressões digitais, revelou que o suspeito era um dos principais assaltantes do início dos anos 2000 na região Oeste catarinense e estava foragido há quase duas décadas. Ele possuía mandado de prisão preventiva por associação criminosa armada e roubo majorado, envolvendo emprego de arma de fogo e restrição da liberdade de vítimas.
No dia 15 de novembro, equipes da Delegacia de Polícia de Cordilheira Alta e do Departamento de Investigações Criminais de Chapecó cumpriram os dois mandados de prisão, referentes ao homicídio recente e aos crimes cometidos em 2007. Durante a ação, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do investigado, onde foram encontradas várias munições calibre .380 ACP mantidas sem autorização, resultando em prisão em flagrante pelo crime de posse irregular de material bélico.
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A prisão permitirá a retomada de pelo menos quatro ações penais que estavam suspensas devido à fuga do suspeito, incluindo dois processos por roubo, um por furto qualificado e outro por abandono material de incapaz. As investigações continuam, e segundo a Polícia, o inquérito deve ser concluído nos próximos dias.

