Emma Maria Mazzenga, italiana de 92 anos, é dona de quatro recordes mundiais no atletismo para mulheres acima dos 90. Agora, cientistas acreditam que seu corpo pode esconder pistas valiosas sobre como envelhecer com saúde.
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Mesmo após mais de nove décadas de vida, Mazzenga segue competindo e vencendo. No ano passado, quebrou duas vezes o recorde mundial dos 200 metros para sua categoria, correndo sozinha contra o relógio.
Para os pesquisadores, o fato de ela manter esse nível de desempenho em idade tão avançada é um fenômeno raro. Exames revelaram que sua aptidão cardiorrespiratória se compara à de alguém com 50 anos.
Mais surpreendente ainda: as mitocôndrias de seus músculos funcionam tão bem quanto as de uma pessoa saudável de 20 anos.
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O que a ciência está descobrindo
Pesquisadores da Itália e dos Estados Unidos analisam desde fibras musculares até o fluxo sanguíneo de Mazzenga. O resultado é um mosaico incomum: suas fibras rápidas, ligadas à velocidade, são semelhantes às de uma mulher de 70 anos.
Mas as fibras lentas, relacionadas à resistência, lembram as de uma jovem de 20. Essa combinação ajuda a explicar como ela continua correndo aos 92 anos.
Segundo os cientistas, sua genética, somada a uma rotina consistente de treinos, mantém a comunicação entre cérebro, nervos e músculos em um nível muito acima do normal para sua idade.
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Estilo de vida ativo e lição para todos
Mazzenga começou a correr aos 19, parou por décadas e só retomou aos 53. Desde então, nunca mais deixou o esporte. Hoje, treina duas a três vezes por semana, faz caminhadas nos dias de descanso e não passa um dia inteiro dentro de casa.
Seu conselho para outros idosos é simples: respeitar os limites, consultar um médico antes de iniciar e manter a consistência nos treinos. Para os especialistas, a mensagem é clara: muitos efeitos do envelhecimento podem ser atenuados com atividade física regular.
A velocista resume em poucas palavras o impacto do esporte em sua vida: “Foi meu salva-vidas. Preciso de ação”.
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