O tenente-coronel do Exército Guilherme Marques Almeida se entregou à Polícia Federal neste domingo (28) após ter a prisão domiciliar decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele foi condenado a 13 anos de prisão e 120 dias-multas por participar do núcleo 4 da trama golpista.
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O mandado de prisão domiciliar, expedido no sábado (27), não havia sido cumprido contra Guilherme, já que ele estava em viagem a Bahia. Entretanto, ele já havia se comprometido a retornar para Goiânia e iniciar o cumprimento da medida, feita para evitar novas fugas, segundo o ministro.
Para Moraes, há uma estratégia relacionada às fugas do país de condenados pela trama golpista, citando o caso do ex-deputado Alexandre Ramagem, por exemplo.
Por que o tenente-coronel foi condenado?
Guilherme Marques Almeida foi condenado por cinco crimes, sendo eles:
- Organização criminosa armada;
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Dano qualificado pela violência;
- Grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
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Um dos materiais utilizados no julgamento foi um áudio divulgado pela Polícia Federal em que o tenente-coronel aparece sugerindo “sair das quatro linhas” em uma possível tentativa de golpe de Estado.
— Esse é o nosso mal, a gente não está saindo das quatro linhas. Vai ter uma hora que a gente vai ter que sair ou então eles vão continuar dominando a gente. É isso cara, infelizmente é isso — teria dito Guilherme.
Prisão de Silvinei Vasques
O decreto de prisão domiciliar foi publicado um dia depois do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, ser preso no Paraguai tentando embarcar para El Salvador com passaporte falso, na sexta-feira (26). Horas depois, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou a prisão preventiva dele.
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*Com informações do Jornal Hoje, Agência Brasil e CNN






