Uma tentativa de furto de fios foi atendida pela Polícia Militar (PM) no Centro de Florianópolis, na manhã desta terça-feira (28). O equipamento sofreu um curto-circuito durante o crime, causando queimaduras graves no autor. Além disso, cerca de 10 mil unidades consumidoras ficaram sem luz após o episódio.
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Segundo a PM, o suspeito tentou furtar a fiação de uma caixa de energia subterrânea. Enquanto tentava subtrair os fios, ele sofreu queimaduras graves na maior parte do corpo após todo o circuito pegar fogo.
O homem foi socorrido e encaminhado ao hospital para atendimento emergencial no Hospital Celso Ramos. O estado de saúde dele não foi divulgado.
A área foi isolada até a chegada da equipes da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Até o fechamento da matéria, os agentes atuavam na região, reestabelecendo semáforos e garantindo a segurança da via.
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Procurada pelo NSC Total, a Celesc afirmou que cerca de 10 mil unidades consumidoras — entre residências, comércios e escolas — foram afetadas pela interrupção no fornecimento elétrico.
Como furto de fios se tornou um dos principais crimes em SC
Para a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), o furto de fios é considerado uma “epidemia urbana”, que causa graves impactos para distribuidoras e consumidores em todo o país. Somente em 2024, o órgão registrou mais de 28 mil ocorrências de furtos de cabos em todo o Brasil, com prejuízo superior a R$ 45 milhões para as companhias — em Santa Catarina, foram 5.016, segundo a SSP.
O gerente regional da Celesc, Leandro Seemann, pontua que o furto de cabos é uma questão que envolve fatores sociais e econômicos. As investigações da Polícia Civil reafirmam essa teoria e apontam, ainda, que o ciclo começa nas ruas, passa por comércios irregulares — que revendem o cobre furtado —, esbarra nos órgãos de segurança e de assistência social, até chegar ao ponto em que afeta a população em geral.
— Na maioria dos casos, os boletins apontam para uma complexidade com furto por pessoas em situação de vulnerabilidade social. Já a receptação é feita por comércios irregulares que mantêm o ciclo ativo — explica o delegado e diretor de Polícia da Grande Florianópolis, Pedro Henrique de Paula.
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*Sob supervisão de Luana Amorim
 
				 
                                     
                            
                            



